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Zini garante invencibilidade de Angola

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  • Luanda • Sábado, 16 Novembro de 2024 | 14h07
Zini assume-se como um dos goleadores de Angola
Zini assume-se como um dos goleadores de Angola
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Luanda - Zini Salvador entrou aos 58 minutos para substituir Mbala Nzola e acabou sendo o protagonista de uma acção que colocou definitivamente o “gigante” Ghana fora do CAN`2025, em Marrocos, após 20 anos de presenças consecutivas.

O atacante formado no 1.º de Agosto, agora a evoluir no Levadiakos, da Superliga da Grécia, igualou a partida aos 68`, respondendo de cabeça a um cruzamento milimétrico de Milson.

Esteve bem perto de colocar Angola em vantagem, quando na ponta final foi servido por Maestro, mas foi perdulário.

 

Neblú: Voltou a ser preponderante, como, de resto, tem ocorrido ao longo dos últimos anos em que se tornou titular indiscutível na selecção nacional.

Quase no final do jogo (1-1), o guarda-redes do 1.º de Agosto evitou o pior quando, por instinto, tirou a bola dos pés de um atacante contrário.

Porém, assinala-se um momento de fraco desempenho quando aos 18 minutos, mal posicionado entre os postes, sofreu um golo de longa distância anotado por Jordan Ayew.   

Hossi: imprimiu velocidade na ala direita do combinado nacional e foi justamente na assistência ao ataque que se notabilizou na partida.

Foi competente tanto a defender como a atacar.

Este jovem jogador tem tido a sina de ser chamado para substituir alguém indisponível na lista inicial de convocados, mas pelo seu desepenho e margem de progressão, não tarda ocupará o seu próprio espaço.Que assim seja (...).

Núrio Fortuna: Não jogou ao seu nível e por alguns minutos foi permissivo no sector mais recuado dos Palancas Negras.

Acabou substituído aos 57 minutos pelo regressado Tó Carneiro.

Disponível e muito voluntarioso, Núrio Fortuna tem sim futuro na equipa nacional.
  
Kialonda Gaspar: Titular indiscutível nos últimos dez jogos de Angola, voltou a demonstrar algum nervosismo como lhe é característico.

No entanto, no cômputo geral, deu conta da sua tarefa numa perfeita sintonia com David Carmo e Bastos Quissanga.

A tripla defensiva experimentou alguma dificuldade para travar o experiente Jordan Ayew.

David Carmo: Actuação sem mácula. Não sabe jogar mal. Foi o marcador directo do perigoso e experiente Jordan Ayew.

Algumas vezes batido e noutras bateu. Foi uma batalha que exigiu esforço redobrado do angolano que algumas vezes esteve perto de ser advertido com cartão amarelo.

David Carmo  teve um estreia dramática na selecção nacional com um autogolo, mas até à data tem se revelado preponderante, sendo também muito acarinhado pelo público por conta das suas competências em campo.   

Bastos Quissanga: Angola ganhou um reforço de peso com o regresso deste central prestes a sagrar-se campeão pelo Botafogo do Brasil.

O defesa pauta o jogo entre os colegas de posição e muitas vezes aparece no ataque para tirar proveito dos cruzamentos de canto ou cobrança de livre directo.

Sua compleição física, sua capacidade de posicionamento e leitura de jogo fazem deste activo da seleção nacional referência em vários campeonatos em que passou, destacando-se o brasileiro (Botafogo) e o italiano (Lazio).  

Show: Operário de verdade, por vezes tem o ingrato papel de ser o destruidor do jogo adversário o que tem lhe valido alguns cartões amarelos, como ocorreu aos 15 minutos.

As suas actuações são sempre pautadas por bom desempenho, fazendo dele um titular indiscutível. Joga na raça.

Faz parte da lista de jogadores que representam o futuro da selecção nacional. 

 

Fredy: O capitão que se distingue no campo na maneira como lidera é como ele se torna o primeiro exemplo de perseverança, de força e de vontade de elevar sempre a bandeira de Angola.

Não estando já no limiar da sua juventude, por vezes ressente-se de cansaço e quando isso ocorre é substituído pelo técnico Pedro Gonçalves.

Foi substituído aos 72 minutos por Maestro, mas enquanto esteve em campo fez por merecer a confiança da braçadeira de capitão.

Milson: Miúdo bonito da selecção nacional. Tem o “defeito” de jogar sempre muito bem seja pela selecção do seu país como na sua equipa, o Estrela Vermelha de Belgrado.

O atacante foi titular devido a ausência de Gerson Dala, por lesão, e fez por merecer a oportunidade.

Joga sempre para frente e constrói jogadas de verdadeiro perigo para os adversários marcando golos ou dando a marcar.

Desde que passou a integrar as convocatórias o ataque do conjunto nacional ganhou um verdadeiro activo sendo já um dos jogadores de maior apreciação pela crítica desportiva e pelos exigentes espectadores.

Milson é dos jogadore que confere cautelas ao sector defensivo de qualquer adversário. Joga muito (...)  

 

Zito Luvumbo: Numa noite em que foi titular, a antiga jóia do 1º de Agosto mostrou estar a um nível elevado.

Deu trabalho o sector mais recuado do Ghana.

Foi dos seus pés que saiu a grande penalidade falhada pelo regressado Mbala Nzola.

A estrela do Cagliari de Itália é mesmo um adversário temível e tem se assumido como o futuro dos Palancas Negras.

É peculiar na forma como joga e até na forma como levanta os calções.

Mbala Nzola: De quem muito se esperava no regresso ao combinado nacional um ano e nove meses depois.

A sua estreia no estádio 11 de Novembro não fez esquecer a ausência de Mabululu.

Falhou uma grande penalidade, aos 27` e tantas outras oportunidades de golos, acabando por ser substituído por Zini aos 57, o tal que igualou a partida e garantiu a invencibilidade nestas qualificativas para o CAN de 2025, com Angola já apurada.

O avançado do Lens de França demonstrou falta de entrosamento com os colegas, o que é compreensível dado o tempo de ausência e o pouco tempo de treino antes do embate.

De todo o modo, percebeu-se já a sua capacidade de jogo, sobretudo o seu sentido posicional com a baliza.

Ter falhado a grande penalidade retirou dele alguma disposição se comparado a entrega inicial.

Apesar da pouca sorte, é claro que se trata de um jogador com que Pedro Gonçalves deve contar.

Tó Carneiro: Regresso apoteótico em noite de grandes responsabilidades atribuídas pela equipa técnica.

Com Angola em desvantagem, o antigo defesa do Petro de Luanda municiou tanto o ataque que acabou sendo um dos que contribuiu para o golo de empate.

Do seu pé esquerdo saiu o cruzamento para Milson, dando origem ao golo de cabeça de Zini.

Na sua estatística individual conta-se pelo menos 17 passes, boa parte deles com selo de perigo.

Maestro: Não orquestrou tão bem assim, como de costume.

Rendeu o capitão Fredy, aos 72` e fartou-se de jogar para frente com passes milimétricos para Zini.

Desperdiçou várias jogadas ofensivas, sendo a mais flagrante um livre directo com a bola a rasar a malha lateral.

Randi Nteka: Entrou para segurar o jogo aos 72 minutos numa substituição em que o sacrificado foi o atacante Zito Luvumbo.

Trata-se de um jogador cuja qualidade é incontestável.

Sempre que merece a confiança da equipa técnica não desmerece.

Chico Banza: Entrou em substituição de Milson e mostrou disciplina táctica.

É um jogador notável em campo e muito voluntarioso, num grupo de muitos talentos em que nem sempre é opção.

Na verdade, Chico Banza integra a lista dos que Angola poderá contar sempre para agora e, sobretudo, para o futuro onde além do CAN2025, em Marrocos, tem ainda as eliminatórias para o Campeonato do Mundo de 2026. WR/MC

 





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