Huambo – O presidente do Conselho provincial da Ordem dos Advogados de Angola (OAA) no Huambo, Domingos João Sassi, disse, este sábado, estar a decorrer um inquérito para apurar responsabilidades aos associados envolvidos no suborno a um juiz de garantias.
Em causa está um magistrado judicial do Tribunal da Comarca do Huambo, que aceitou o suborno de um arguido, em troca da sua liberdade.
Há dias, o Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ) expulsou o referido magistrado, que, na qualidade de juiz de garantias, recebeu verbas de um arguido.
Conforme a deliberação do CSMJ, o dinheiro foi depositado pelo advogado do arguido na conta da filha do então juiz de garantias.
Em declarações à ANGOP, Domingos João Sassi, justificou que a não tomada de qualquer posição até ao momento, por parte da Ordem dos Advogados de Angola, deve-se ao facto de ter se apercebido apenas do caso através das redes sociais.
“A Ordem Advogados não se pronunciou por razão simples, tudo o que a gente sabe é por via redes sociais, pois não tivemos uma comunicação formal que pudesse permitir a adopção de medidas, daí a recolha de provas, para que se apure a participação de associados”, enfatizou.
Por isso, disse estarem a decorrer diligências para se apurar a veracidade dos advogados envolvidos em acto de corrupção, concretamente, no suborno de um juiz de garantias, em obediência ao principio da presunção de inocência.
Assegurou que tão logo estejam reunidas as provas, o Conselho Provincial da Ordem dos Advogados não hesitará em despoletar a medida preventiva proporcionar ao acto cometido.
Instituído em 1996, na altura como Delegação provincial, o Conselho da Ordem dos Advogados de Angola do Huambo controla, actualmente, 341 advogados e 462 estagiários. ALH