Andulo – A juventude no município do Andulo, província do Bié, pediu, este sábado, mais investimentos no sector da educação, para a capacitação efectiva desta franja em diversas áreas.
A recomendação foi deixada durante uma mesa redonda promovida pelo núcleo de Jovens Escritores do Sul de Angola, radicados no Andulo, que visou avaliar o progresso do país no quadro das celebrações dos 49 anos de Independência Nacional, assinalados no dia 11 do mês corrente.
Convidado a intervir, o jurista Filipe Cambambi apontou a educação o principal vector de prosperidade, quer política, económica quer social.
Disse que o país tem vindo a conhecer um desenvolvimento sustentável, porém, entende que seja necessário trabalhar no sector da educação e outras áreas do saber, para que a juventude possa ajudar na diversificação económica.
O especialista destacou a necessidade do Executivo angolano continuar a trabalhar para libertar o país da dependência excessiva do petróleo, pois percebe ser urgente investir seriamente na agricultura e outras áreas cuja maioria da população domina muito bem.
“Sugiro aqui a necessidade do Governo Angolano investir em sectores como a agricultura, a indústria e outros serviços, assim como melhorar ainda mais o ambiente de negócios para atrair outros grandes investimentos privados”, aferiu.
Já Clementino Credo, membro da sociedade civil, disse que, apesar das conquistas políticas e sociais, Angola ainda enfrenta desafios para consolidar uma verdadeira democracia, tendo olhado para a educação como o único instrumento de mudança de mente.
Com isso, ressaltou a necessidade de haver, nos próximos dias, uma maior coesão social, através do fortalecimento das instituições, para permitir maior envolvimento das comunidades nas decisões políticas e sociais do país.
Para si, a verdadeira unidade nacional depende grandemente da capacidade do diálogo entre os cidadãos, capazes de contribuírem com ideias no grande projecto da Nação, que visa a preservação da Paz e reconciliação nacional.
Por sua vez, Emílio Canjungo, docente universitário, entende que a soberania do país vai além da liberdade política e envolve a capacidade do mesmo de auto-sustentar a sua economia e fortalecer assim a posição no cenário internacional.
Portanto, destacou também a importância de se investir mais no sector da educação, sobretudo para a erradicação do analfabetismo a curto prazo.
Realizado no âmbito da 75ª edição do programa quintas de diálogo, o certame ocorreu na mediateca móvel deste município. LB/PLB