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Angola beneficia de mais de 100 milhões USD para combater alterações climáticas 

     Ambiente              
  • Luanda • Sábado, 16 Novembro de 2024 | 18h17
Habitualmente a região Sul de Angola tem sido afectada pela seca que tem impactada na produção agrícola e na pecuária
Habitualmente a região Sul de Angola tem sido afectada pela seca que tem impactada na produção agrícola e na pecuária
Morais Silva - ANGOP

Baku (Da enviada especial) - Angola beneficiou, desde 2015, de mais de 100 milhões de dólares em projectos pilotos para o combate às alterações climáticas, informou este sábado, em Baku, capital de Azerbaijão, a directora Nacional para as Acções Climáticas e Desenvolvimento Sustentável, Cecília Bernardo.

Em entrevista à imprensa, à margem da Cúpula de Alto Nível e da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (COP29), a fonte avançou que o sector está a trabalhar com o Ministério das Finanças para o aumento do financiamento, de forma a se criar uma estrutura para que passa de projectos pilotos para estruturantes. 

Salientou que os projectos pilotos são impulsionadores que mostram como fazer para buscar do dinheiro para apoiar os processos de desenvolvimento.

“Então, temos que também criar a estrutura a nível nacional para acedermos, receber e utilizar e depois reportar. Este é o processo que estamos a fazer “, disse.

A responsável defendeu maior financiamento para o clima, tendo em conta o aumento da resiliência nas zonas de seca do país, apesar do esforço que está a ser feito pelo Estado angolano.

Cecília Bernardo sublinhou a necessidade de se preparar, primeiro a nível nacional para depois internacional, ver que se o país está pronto para receber dinheiro, de forma a implementar todos os outros projectos.

Informou que já foi incluída na preparação do Orçamento Geral do Estado para 2025, mas sempre tendo em mente que se prioriza os sectores mais imediatos, como a saúde e educação.

Conforme Cecilia Bernardo Angola faz parte dos países poluentes, pois o país responde com cerca de 3% das emissões totais de África. 

“Mas não podemos olhar para este cenário, mas olhar para um cenário mais optimista, no sentido de desenvolvermos a nossa economia com menos emissões, o que consta na estratégia nacional de alterações climáticas, um desenvolvimento de baixo carbono“, disse.

Angola, referiu, é altruísta e está a tomar decisões de reduzir emissões mesmo antes de ser solicitado que assim faça. 

“Como estamos a prever um futuro melhor para nós, as nossas políticas já começam a ter em consideração a redução de emissões de gases de efeito estufa“, enfatizou. 

O stand de Angola, na COP 29, está equipado com televisores para a divulgação de mensagens sobre as acções desenvolvidas pelo Executivo angolano, no quadro do processo de transição energética, que têm contribuído para o combate às alterações climáticas e a diminuição do dióxido do carbono e dos gases com efeito de estufa.

Durante os dias da COP 29 o pavilhão de Angola está abordador varios temas como "UNIDO @COP29" e destaca a participação da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO). 

O foco é em "Soluções Industriais para as Pessoas e o Planeta", enfatizando a Importância da inovação e da sustentabilidade industrial para enfrentar os desafios ambientais e sociais atuais. 

A ilustração inclui elementos de energia renovável, transporte sustentável e tecnologia, refletindo a missão da UNIDO de promover um desenvolvimento industrial que beneficie tanto as comunidades quanto o meio ambiente.

Angola reconhece a sua vulnerabilidade com relação às alterações climáticas e tem consciência dos impactos que as mesmas têm vindo a sofrer e da tendência do agravamento.

Tais como Inundações, secas, erosão dos solos e o aumento do nível das águas do mar são apontados como os principais efeitos das alterações climáticas no país. FMA/VIC 





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