Icolo e Bengo - A Inspecção Geral do Trabalho (IGT), constatou hoje, segunda-feira, no município de Icolo, várias irregularidades, entre as quais a falta de condições de trabalho, alimentação e assistência médica e medicamentosa aos trabalhadores angolanos, numa empresa chinesa.
A IGT obteve a informação primária mediante uma denúncia pública, feita por intermédio de um vídeo amador, publicado nas redes sociais, no qual, angolanos são agredidos fisicamente por um suposto chinês.
Denominada Zhongah Hengtri, a empresa chinesa está localizada no distrito urbano de Catete e dedica-se ao fabrico de varões de aço.
Na ocasião, o Inspector Geral Adjunto da Inspecção Geral do Trabalho, Leandro Cardoso, disse que deparando-se com este facto, foi necessário averiguar "in loco" o que ocorre realmente a nível das indústrias chinesas no país.
De acordo com o responsável, constatou-se nesta visita, enquadrada também no programa da IGT "Trabalho Digno", várias irregularidades, desde a falta de meios de segurança de trabalho, alimentação, saúde e salários.
Disse que foi apurado o caso de um trabalhador que sofreu queimaduras por acidente de trabalho mas que não lhe foi prestado qualquer apoio hospitalar ou outro.
Para além disso, considerou ainda mais grave o facto de haver suspeitas desta empresa não inscrever dos trabalhadores na Segurança Social e nem prestar as devidas contribuições tributárias.
O Inspector Geral Adjunto do IGT sublinhou que avaliada a situação de infracções administrativas, evidenciadas na empresa, há probabilidade de se encerrar temporário, por 15 dias, para a resolução de todas as falhas.
Leandro Cardoso frisou que este trabalho de visita as empresas chinesas, vai continuar para exigi-los a cumprirem as leis vigente em Angola.
A empresa chinesa Zhongah Hengtri, existe no município de Icolo e Bengo desde 2020, se dedica a produção de varões de aços e controla 325 trabalhadores nacionais e 37 expatriados. CLAU/AJQ