Luanda – Quatrocentos mil e 240 ex-militares licenciados do serviço militar activo à reserva foram transferidos oficialmente, hoje (terça-feira), das Forças Armadas Angolanas para a Polícia Nacional de Angola, a fim de reforçarem esse segmento da segurança do Estado.
Em específico, foram seleccionados para a integração na PNA, os candidatos que obtiveram resultados positivos nos testes, sendo 3.565 apurados do Exército, 518 da Força Aérea Nacional, 134 da Marinha de Guerra Angolana, totalizando quatrocentos mil e 240 reservistas apurados.
Segundo apurou a ANGOP, o processo foi conduzido com base no Memorando entre as Forças Armadas Angolanas e a Polícia Nacional, e está dividido em duas etapas, designadamente a da captação e da selecção dos 10.000 reservistas previstos para o processo da formação.
Entretanto, desse número foram registados e confirmados 6.709, dos quais 5.825 do Exército, 605 da Força Aérea Nacional e 256 da Marinha de Guerra Angolana, visto que nesta primeira fase, 5.638 reservistas foram submetidos a testes e 400 mil e 240 foram apurados.
Ao intervir no acto formal do referido processo de transferência, o Comandante Geral da Polícia Nacional, Ferreira de Andrade, frisou que a transição dos reservistas para a PNA contribuirá para a mitigação do impacto social do desemprego, promovendo a sua reintegração na sociedade de forma digna e produtiva.
Segundo o oficial, os ex-militares foram apurados porque reunem requisitos e perfil para ingressarem à PNA, porquanto, esta transição é mais que uma oportunidade para continuarem a prestar serviço à pátria, embora se deve entender que o exercício da actividade policial seja complexa e requer responsabilidade e empenho para esta nova etapa.
“O exercício da função policial é profissional. Logo, devemos ter presente que o agente de autoridade cumpre e faz cumprir a lei, respeita os direitos fundamentais dos cidadãos, assegura a paz social protege o cidadão e os seus bens”, frisou.
O Comissário-Chefe Ferreira de Andrade disse que não se está diante de um acto de transição automática das FAA para PNA, mas sim do seguimento de uma nova carreira específica de polícia, para se atingir os parâmetros através de referências, preparação e treinamento sólidos e conhecimentos técnico-policial, para uma actuação consistente e com profissionalismo.
Na ocasião o Chefe do Estado-Maior General Adjunto das Forças Armadas Angolana, José Maria Marques, sublinhou que este processo de integração dos reservistas demonstram a capacidade das instituições que partilham o trabalho em conjunto para o bem comum, reforçando a unidade e a coesão na garantia das liberdades fundamentais dos cidadãos.
Acrescentou que o processo visa igualmente a protecção dos bens patrimoniais públicos e privados, garantindo a ordem pública e a paz social.
O Chefe do Estado-Maior general adjunto encorajou, a ocasião, os ex-militares das FAA, garantindo que a pátria continuara a depositar confiança nas suas carreiras e nesta nova etapa em que são chamados a dar o seu melhor no exemplo, dedicação e sacrifício, levando para o resto de suas vidas de que “A PÁTRIA AOS SEUS FILHOS NÃO IMPLORA, ORENA”
MDS