Luanda - A carência de piscinas adaptadas para atletas portadores de deficiência é a principal causa de ausência de competições na região austral, afirmou o presidente da Confederação Africana da Zona IV, Jace Naido.
Falando à ANGOP, à margem do Campeonato Africano da zona, terminado domingo, em Luanda, explicou que, excepto a África do Sul, os restantes países quase não têm infra-estruturas adequadas para praticantes especiais.
Jace Naido disse que, além da piscina para realização de provas desta categoria, é importante adequar os balneários e todos os acessos em função das diferentes deficiências, para facilitar a locomução sem constrangimentos.
Referiu que seu elenco tem incentivado os países membros a criarem recintos apropriados para permitir maior desenvolvimento.
Os elevados custos financeiros tem, igualmente, dificultado a integração desta classe de atletas em provas internacionais, segundo o entrevistado.
Explicou que, além de cuidados com os concorrentes, a organização de provas paralimpicas exige quadros treinados para apoio, adicionando a isto a necessidade de se ter técnicos, oficiais e classificadores médico-desportivos.
Para si, tais questões pesam no orçamento dos países organizadores, principalmente pela dificuldade de atrair patrocínadores.
Em Angola, a natação paralimpica foi reactivada em 2019, depois de inactividade desde 2011.
O país já produziu campeões nesta especialidade desde a constituição do Comité Paralímpico Angolano em 1994.
A proeza aconteceu em 1999 durante os Jogos Africanos na África do Sul, com Irene Bandeira a arrebatar duas medalhas de ouro e Ngola Aguiar duas de ouro e uma de bronze.JAD/MC