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Embaixador no Egipto fala das conquistas da Independência

     Política              
  • Luanda • Segunda, 11 Novembro de 2024 | 21h04
Embaixador de Angola no Egipto, Nelson Cosme
Embaixador de Angola no Egipto, Nelson Cosme
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Cairo – O embaixador de Angola no Egipto, Nelson Manuel Cosme, destacou hoje, segunda feira, a consolidação da paz, alcançada em 2002, como o mais significativo dos desafios enfrentados pelo país ao longo dos 49 anos de Independência nacional.

Ao discursar na cerimónia local alusiva ao 49º aniversário da Independência Nacional, o diplomata assinalou que esta conquista permitiu a coesão nacional, o retorno aos campos agrícolas e às indústrias, abrindo caminhos para a criação de condições para o aumento da produção e desenvolvimento sustentável de Angola, com a contribuição de todos.

⁷Perante diplomatas, membros do Governo egípcio e comunidade angolana, o diplomata referiu, que o lema central da celebração, “Unidade Nacional, Produção e Desenvolvimento Sustentável”, visa reafirmar a todos os angolanos e ao mundo a coesão de Angola, enquanto Nação, bem como o compromisso de trabalhar para tornar o país mais próspero e acolhedor.

“Esta união tem permitido a consolidação do Estado democrático e de direito e o estabelecimento das bases para uma economia de mercado cada vez mais dinâmica e inclusiva, potencializando as riquezas nacionais”, afirmou, enfatizando que garante a redução das desigualdades sociais, uma das premissas que tem sido reiterada pelo Executivo, que não tem sido fácil, devido a algumas consequências da guerra ainda sentidas, além do contexto económico e político mundial actual.

Ressaltou que o Executivo tem procurado criar infraestruturas essenciais para desenvolvimento económico, para garantir o acesso à água potável, energia, saúde e educação, e para maior eficiência da acção governativa, pelo que definiu como prioridade das suas politicas públicas, a transparência, o combate à corrupção e  impunidade.

Apontou, a título de exemplo, a construção do Aeroporto Internacional António Agostinho Neto e a requalificação do Corredor do Lobito, um marco, cuja importância estratégica transcende as fronteiras angolanas. “É a primeira infra-estrutura económica estratégica de investimento global, e um importante corredor logístico que se estende por Angola, República Democrática do Congo, Zâmbia, Tanzânia, e liga os oceanos Atlântico e Indico”, salientou o embaixador Nelson Cosme, aludindo ao Corredor do Lobito.

Relativamente à diversificação da economia, realçou os investimentos no sector do turismo, afirmando que actualmente regista um grande potencial de desenvolvimento, como o aumento de unidades hoteleiras, a melhoria das infraestruturas nos parques naturais, e sítios turísticos históricos, como o Centro Histórico de Mbanza Kongo, pelo que convidou os presentes a convidar Angola.

 

No contexto Internacional

 

A nível internacional, o diplomata angolano ressaltou que a política externa de Angola tem conferido particular atenção ao continente africano, contribuindo para a consecução dos objectivos da agenda 2063 da União Africana, denominada “A África que Queremos”, para que África se torne livre da fome, do subdesenvolvimento, das guerras, e se transforme num lugar de futuro e prosperidade.

Por entender que a paz e a estabilidade são os alicerces do desenvolvimento, acrescentou, Angola tem procurado ser advogada da paz e da reconciliação, junto das demais Nações africanas que enfrentam conflitos internos, sobretudo nas regiões e organizações onde está inserida, nomeadamente, SADC, CEEAC, CIRGL e CPLP.

A determinação do Presidente da República, João Lourenço, nas questões africanas, salientou, levou a União Africana a outorgar-lhe o título de Campeão para a Paz e Reconciliação em África, e mediador em determinados conflitos.

“Angola assumirá no ano de 2025 a Presidência da União Africana, o que será uma oportunidade para contribuir de forma mais profunda para o engrandecimento da zona de comércio livre continental e na gestão dos conflitos africanos, que consideramos um dos principais obstáculos para a prosperidade do nosso promissor continente”, realçou o embaixador de Angola no Egipto, aludindo igualmente a XVII Cimeira de Negócios Estados Unidos da América-África, que Angola acolherá em 2025, como um importante marco da diplomacia económica e excelente oportunidade para a promoção de parcerias empresariais.

 

Relações com o Egipto

 

Ao abordar as relações bilaterais, o diplomata realçou os encontros entre os chefes da diplomacia dos dois países, Téte António e Badr Abdelatty, à margem da Sexta Reunião de Coordenação de Meio de Ano da União Africana, no Ghana, e em Nova Iorque, à margem da Assembleia-Geral da ONU, bem como a visita ao Cairo, na semana passada, do ministro da Defesa Nacional, João Ernesto dos Santos, cujo ponto alto foi a assinatura de um Acordo no Domínio da Defesa e Técnica militar, indústria de equipamentos militares e  reforço da capacidade humana, que contribui para a melhoria da cooperação no sector da Defesa e Segurança.

Fez referência a alguns projectos em curso em Angola, financiados pelo Afreximbank, a parceria com o Grupo El-Sawadi para investimentos no sector das telecomunicações, energia e águas, assim como projectos que estão a ser desenvolvidos com o grupo Orascom, no domínio das energias verdes.

No domínio económico, salientou que as exportações do Egipto para Angola continuam a crescer exponencialmente, e embora o intercâmbio comercial esteja a aumentar gradualmente, os valores alcançados ainda não reflectem o potencial económico dos dois países, que recentemente decidiram estabelecer parcerias para estimular o investimento e a cooperação económica mútua.

 

 

 





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