Talaton - A trajectória política e profissional do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, foi tema de uma palestra realizada esta segunda-feira, em Aracaju, capital do estado de Sergipe, no nordeste do Brasil, no IV encontro da ABE-ÁFRICA.
Os feitos de Neto foram expostos pelo escritor John Bella que participa de 11 a 14 deste mês no evento que decorre sob o tema “Passados Sensíveis, Futuros Possíveis”.
Na programação do encontro constou uma homenagem a Angola, no dia de abertura, coincidindo com as celebrações do 49º aniversário da independência do país.
Em declarações à ANGOP, o escritor informou que participou do encontro a convite da Universidade Federal de Sergipe, onde vai falar de Agostinho Neto, figura histórica e proclamador da independência de Angola, cuja vida e obra têm grande ressonância em toda a África.
Durante o evento, John Bella abordou três aspectos centrais de Neto, nomeadamente, a sua expressão como poeta, a dedicação como médico e o legado como líder político.
O escritor destacou ainda como a poesia de Neto expressou as lutas do povo angolano contra o colonialismo e serviu de elo de identidade e resistência cultural.
Referiu que a actuação do politíco como médico, reforça a imagem de um homem comprometido com o bem-estar do povo, enquanto a sua liderança política o consagrou como o principal responsável pela independência do país em 1975.
John Bella também fez uma apresentação sobre os livros de Agostinho Neto que serão doados à biblioteca da Universidade Federal de Sergipe.
A iniciativa visou promover o acesso de estudantes e pesquisadores brasileiros ao legado intelectual do “Pai da Nacionalidade Angolana”, ampliando o conhecimento sobre a sua obra e influência.
Esta é foi quinta vez que John Bella realizou uma palestra sobre Agostinho Neto em território brasileiro, tendo feito apresentações nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Norte e duas vezes na Bahia.
O autor também partilhou as suas reflexões sobre Neto em países como Portugal, Alemanha, Cuba, Venezuela e São Tomé e Príncipe, com vista a reforçar o seu compromisso em preservar e divulgar a herança cultural e política deixada pelo líder angolano.
O encontro bienal da ABE-ÁFRICA reúne pesquisadores de diversas partes do mundo e de variadas áreas de formação, que têm a África como foco.
Além de reflectir sobre o cinquentenário das independências africanas, o evento se consolida como um espaço de diálogo entre o passado e o futuro do continente, conectando estudantes, pesquisadores e intelectuais de diversos países. GIZ/MAG