Praia – O Governo de Cabo Verde vai abrir, em Janeiro de 2021, a sua primeira embaixada na Guiné-Bissau, anunciou o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Coreia e Silva.
Segundo a PANA, o chefe do Governo cabo-verdiano fez o anúncio esta quarta-feira no Parlamento, quando intervinha na abertura de um debate mensal sob o lema "Diáspora e desenvolvimento".
O governante destacou o facto de a abertura da representação cabo-verdiana estar a acontecer depois de 45 anos de independência de Cabo Verde, com o propósito de servir mais de 40 mil Cabo-verdianos e seus descendentes residentes na Guiné-Bissau.
A abertura da embaixada de Cabo Verde na capital bissau-guineense deve coincidir com uma visita oficial do Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, à Guiné-Bissau no início de 2021.
Porém, a Guiné-Bissau tem, desde Novembro de 2017, uma embaixada na cidade da Praia, a capital cabo-verdiana, referiu.
No debate parlamentar, Ulisses Correia e Silva fez um balanço das políticas governativas para a comunidade emigrante na actual legislatura, que termina no primeiro trimestre de 2021, com a prevista realização de eleições legislativas.
Anunciou ainda o alargamento da rede de cônsules honorários "brevemente" para o Canadá, o México e a Bolívia.
Afirmou que as embaixadas cabo-verdianas vão passar a ter adidos culturais e económicos, para "apoiar" as comunidades dos seus compatriotas no estrangeiro.
Segundo uma informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Cabo Verde possuem embaixadas na Alemanha, em Angola, na Bélgica, no Brasil, na China, em Cuba, no Senegal, na Espanha, nos Estados Unidos da América, na França, na Itália, no Luxemburgo e em Portugal.
Também dispõe de consulados-gerais em Roterdão (Países Baixos), Boston (Estados Unidos) e São Tomé e Príncipe, além de vários cônsules honorários.