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Autossuficiência na produção de sal "acautela" indústria de soda cáustica

     Economia              
  • Benguela • Quarta, 13 Novembro de 2024 | 20h32
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Totas Garrido, Presidente da Associação dos Salineiros de Angola
Totas Garrido, Presidente da Associação dos Salineiros de Angola
Antonio Lourenço
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Produção de Sal no litoral de Angola
Produção de Sal no litoral de Angola
Herlander Massaqui-ANGOP
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Maquete da futura fabrica de soda caustica
Maquete da futura fabrica de soda caustica
José Honório-ANGOP

Benguela – O presidente da Associação dos Produtores de Sal (APROSAL), Totas Garrido, garantiu, nesta quarta-feira, que a autossuficiência na produção do sal vai acautelar a demanda da fábrica de soda cáustica, em construção na Baía Farta.

Totas Garrido falava à ANGOP, a propósito das obras em curso da fábrica Calombolo Química, do Grupo Adérito Areias (AA), com uma capacidade de produção projectada para mais de três mil toneladas por mês.

Com a previsão de criar 45 postos de trabalho directos e cerca de mil indirectos, a construção da fábrica deverá estar concluída dentro de 18 meses, num financiamento a rondar os 27, 3 milhões de euros, sendo 24, 8 milhões de euros suportados pela linha de crédito do Deutsche Bank da Alemanha.

Questionado sobre como Benguela poderá garantir em média 30 toneladas de sal/dia para a nova unidade industrial, Totas Garrido lembra que a região hoje é autossuficiente em termos de produção de sal.

Por isso, disse estarem asseguradas as condições para abastecer esta e outras fábricas de soda cáustica no país.

“É claro que precisamos de alguma regulamentação porque esse tipo de fábrica precisa de sal de qualidade”, frisou, referindo-se especificamente à necessidade de se prestar atenção sobre o tipo de salinas a serem implantadas e a sua autorização. 

Totas Garrido manifesta-se satisfeito pelo facto de que a cadeia produtiva do sal começa a compor-se, alcançada a autossuficiência, para evitar as importações.

Considerando ser um ganho que coroa o trabalho de alguns anos dos produtores da APROSAL, ele reforça que Angola tem hoje sal suficiente para abastecer a indústria de soda cáustica.

Aliás, salientou que o negócio do sal é dinâmico, o que abre apetites para o sector primário, daí a necessidade de as estruturas administrativas estarem capacitadas para poder regular o sector.

Sem desequilíbrio

A mesma fonte afasta, por outro lado, a ideia de que poderá haver desequilíbrio entre a oferta e a procura do sal, assim que a fábrica Calombolo Química entrar em funcionamento, em Maio de 2026.

“Não vai afectar porque nós atingimos a autossuficiência para o consumo humano com 65 mil toneladasbe animal quando aumentamos mais 25 mil toneladas”, afiança.

No fundo, como esclarece, a autossuficiência alimentar e animal na produção de sal são menos de 100 mil toneladas/ano e só Benguela produz quase 200 mil toneladas.

As regiões produtoras de sal no país são o Bengo, Porto Amboim (Cuanza sul) Benguela e Namibe, sendo estas últimas províncias zonas de referência por conta da existência de condições climatéricas favoráveis entre os municípios da Baía Farta e do Tômbwa.

Sobre a fábrica

O investimento global será de 27, 3 milhões de euros e a fábrica vai produzir diariamente 12 toneladas de soda cáustica, 66 toneladas de hipoclorito de sódio e 25 toneladas de ácido clorídrico, o equivalente a mais de três mil toneladas/mês.

Para tal, a fábrica Calombolo Química vai necessitar entre 22 e 25 toneladas de sal/dia, 70 metros cúbicos de água desmineralizada ou 80 metros cúbicos de água potável e 1, 5 MWh de energia eléctrica.

Com a duração de 18 meses, a fábrica, que deverá ocupar cinco mil membros quadrados, tem a sua inauguração prevista para Maio de 2026. JH/CRB 





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