Luanda – O Grupo Parlamentar do MPLA criticou, esta quinta-feira, o comportamento dos deputados da UNITA demonstrado por altura em que o Presidente da República transmitia a Mensagem sobre o Estado da Nação, na abertura do presente ano parlamentar, a 15 de Outubro.
Na apresentação da declaração política do MPLA, durante a II reunião Plenária Extraordinária da 3ª Sessão Legislativa da V Legislatura, que discute a proposta do OGE 2025, o presidente do referido grupo, Reis Júnior, disse que a bancada parlamentar da UNITA “comportou-se de forma imunda, em total desrespeito para com o órgão de soberania Presidente da República”.
Afirmou que este partido, com responsabilidades políticas acrescidas, na Assembleia Nacional, baluarte da democracia angolana, mostrou-se incapaz de observar as mais elementares regras de civilidade política.
“Foi infeliz, foi desrespeitoso e indecente o comportamento da UNITA. Foi um misto de tragédia e comédia num espectáculo irresponsável, oferecido gratuitamente a convidados requintados nos modos, nomeadamente, entidades eclesiásticas e o corpo diplomático acreditado no nosso país, apenas para citar estes”, afirmou.
No seu entender, ao proceder dessa forma, os deputados arriscam-se a transmitir à sociedade sinais de que a desordem, o desacato e a insubordinação são formas admissíveis de expressão política.
Aconselhou aos parlamentares que ao entrar no hemiciclo, devem despir-se do fanatismo político e do extremismo que trazem do passado.
Segundo Reis Júnior, os desafios do presente e do futuro exigem uma atitude de diálogo e de urbanidade por parte de todos os representantes da Casa das Leis.
“O povo angolano está atento e sabe qual é o partido que abandona o debate quando as decisões políticas, tomadas democraticamente, não são da sua conveniência, numa atitude de fuga que enfraquece o diálogo democrático e desrespeita os valores da participação política”, asseverou.
Para o deputado do MPLA, esta não é a postura de uma oposição comprometida com a defesa dos interesses do povo, porque Angola precisa de lideranças que enfrentam os desafios com coragem, determinação e responsabilidade, não de actores que escolhem o vazio das cadeiras quando confrontados com decisões que não os favorecem.
“É importante apelar à humildade política da oposição para que, em vez de se limitar a criticar, reconheça o que está bem e contribua para o desenvolvimento do nosso país, com uma postura construtiva”, expressou.
Disse que o progresso de Angola não é responsabilidade de um único partido, mas de todos aqueles que, com responsabilidade e sentido de Estado, colocam o bem-estar das famílias angolanas acima dos interesses políticos. ART
