Benguela - O Hospital Geral de Benguela, com cento e vinte e oito anos de existência (10 Fevereiro de 1896), precisa de ser intervencionado nas suas estruturas físicas, segundo revelou, esta quinta-feira, o seu director-geral.
Divane Marcolino falava a jornalistas, no fim da primeira visita do governador Manuel Nunes Júnior àquela unidade hospitalar de referência na província e no país.
O médico afirmou que aquela unidade hospitalar está a "ruir" em função do tempo.
"Já fizemos alguma intervenção paliativa, mas precisamos de apoio para agir com mais profundidade, principalmente no Banco de Urgência, na Maternidade e na Pediatria", pontualizou.
Acrescentou que há necessidade de se construir mais seis salas operatórias para juntar às seis já existentes, para ajudar a acudir com mais rapidez os casos urgentes.
"Temos um número enorme de pacientes na lista de espera para serem operados", afirmou.
"Apresentamos também ao senhor governador, a preocupação da extensão da Maternidade por falta de espaço", explicou.
O reforço no sector dos Recursos Humanos é outra preocupação da Direcção do HGB.
"Actualmente, o Hospital Geral de Benguela tem uma capacidade de internamento de cerca de 700 camas e o atendimento no geral, incluindo a urgência, é de 700 casos por dia", esclareceu.
Segundo ele, a maior parte dos casos concentram-se no Banco de Urgência, na Maternidade e Pediatria, com cem (100) casos cada, e o resto verifica-se na Consulta Externa.
Centro de Hemodiálise
Dentro do recinto do HGB encontra-se o Centro de Hemodiálise, a funcionar desde 27 de Outubro de 2021.
A médica nefrologista Esila Cerqueira informou que o Centro atende 357 pacientes por dia, mas o número varia dada a frequência diária do "entra e sai".
"Cada sessão de Hemodiálise dura quatro horas", informou.
Sobre as causas da patologia, apontou a hipertensão arterial, as diabetes, entre outras.
"Além da cidade de Benguela, os pacientes são provenientes também de outros municípios, como Caimbambo, Chongoroi, Cubal e Ganda", disse.
Esila Cerqueira queixou-se da falta de assistência social, como uma das principais dificuldades do Centro.
"Apresentamos esta situação ao governador e esperamos que a resolva o quanto antes", afirmou. TC/CRB