Pretória (Da correspondente) - O Presidente da África do Sul anunciou que o país passa ao Nível de Alerta Ajustado 2, com efeito a partir desta segunda-feira, num esforço para contrariar o aumento do número de infecções da Covid-19.
Ao dirigir-se à nação na noite de domingo sobre os desenvolvimentos na resposta do país à pandemia, Cyril Ramaphosa disse que o Comité Consultivo Ministerial sobre a Covid-19 recomendou que fossem implementadas urgentemente mais restrições.
No seu pronunciamento, o Estadista diz ter-se baseado no aumento sustentado de novos casos nos últimos 14 dias, na subida das hospitalizações em quase todas as províncias e na acentuada proporção de testes da Covid-19 positivos.
Por estes motivos, o Presidente sublinhou a necessidade de mais restrições para assegurar que as instalações de saúde não sejam subre-carregadas e que não se percam vidas que podem ser salvas.
O discurso de Ramaphosa segue -se à reuniões do Conselho Nacional de Comando do Coronavírus (NCCC), do Conselho Coordenador do Presidente (PCC) e do Governo, realizadas nos últimos dias.
"Atrasar a propagação do vírus é agora particularmente importante para permitir que o maior número possível de pessoas seja vacinado, antes que a terceira vaga atinja o seu auge", destacou.
Com as restrições mais apertadas, é ajustado o recolher obrigatório entre às 23h00 e às 04h00, com efeito a partir desta segunda-feira.
"Os estabelecimentos não essenciais como restaurantes, bares e centros de ginástica terão que encerrar até às 22 horas. Isto permitirá que os seus empregados e clientes possam voltar a casa antes do início do toque de recolher", sublinhou Ramaphosa.
Todas as reuniões serão limitadas a um máximo de 100 pessoas dentro de recintos fechados e a 200 ao ar livre. Caso o local seja demasiado pequeno, estes números devem ser reduzidos a 50%, com o devido distanciamento, disse.
"Isto inclui os serviços religiosos, eventos políticos e reuniões sociais. Os funerais permanecerão restritos à não mais de 100 pessoas e, como antes, não serão permitidas vigílias nocturnas e ajuntamentos pós-funerários". Várias medidas importantes permanecem em vigor, acentuou o Estadista.