Cuito – A Fundação Universitária Ibero-americana (FUNIBER) pretende criar um pólo universitário entre as províncias do Bié e do Huambo, com vista a estimular o desenvolvimento socioeconómico e reduzir distância na procura da formação académica.
A intenção foi manifestada, nesta quarta-feira, na cidade do Cuito, província do Bié, pelo presidente da FUNIBER, Santos Garcia, no final da audiência que a governadora local, Celeste Adolfo, concedeu ao embaixador de Angola no Reino de Espanha, Alfredo Dombé.
Sem avançar datas para a concretização do projecto, Santos Garcia referiu ser objectivo atrair mais investidores nacionais e estrangeiros, para que contribuam no progresso destas duas províncias e não só, na medida em que a FUNIBER está inserida sobretudo na Europa e América.
Já a governadora provincial do Bié, Celeste Adolfo, defendeu a necessidade da FUNIBER colocar, igualmente, pólos nos corredores Norte (Andulo) e Leste (Camacupa), para permitir formar mais quadros angolanos em diversas áreas.
A governante solicitou ainda no sentido dessa fundação implementar cursos de mestrado e doutoramento, para minimizar os encargos de cidadãos que têm estado a fazer estudos à distância.
O embaixador de Angola no Reino de Espanha, Alfredo Dombé, esteve nesta província do centro do país em visita às instalações da Universidade Internacional do Cuanza (UNIC), que é uma parceria entre a Fundação Universitária Ibero-americana e a Universidade Europeia do Atlântico, que juntos constituem a Fundação Universitária Euro Africana.
Nesta instituição, o diplomata, a governadora e outros membros do governo local inteiraram-se da comunidade académica, com perto de três mil estudantes em 15 cursos. Visitaram ainda os laboratórios de física, química, informática, biblioteca e os laboratórios de simulação de enfermagem.
Inaugurada em Outubro de 2020, pelo Presidente da República, João Lourenço, a UNIC está edificada numa área de 17 hectares.
O campus contempla seis edifícios, com 25 salas de aula e área para a componente prática, entre laboratórios de enfermagem, nutrição, clínica avançada, hospital de campanha, estúdios e demais compartimentos.
Projectado para albergar, numa primeira fase, cinco mil estudantes, tem, no presente ano lectivo, perto de três mil, entre angolanos e outros oriundos de países de África, Cuba e Portugal, matriculados em mais de dez cursos de licenciaturas, como Engenharia Industrial, Engenharia de Minas, Engenharia Química, Engenharia Eléctrica, Ambiental, Enfermagem, Nutrição Humana e Dentária, Administração e Gestão de Empresas, Relações Públicas, Jornalismo e Direito.
O processo de ensino e aprendizagem é assegurado por mais de cem professores licenciados, mestres e doutores, de nacionalidade angolana, cubana, brasileira, espanhola, chilena, venezuelana, colombiana e moçambicana.
No futuro, o campus deverá ter um total de 14 edifícios e uma capacidade de absorção de 12 mil estudantes, em cada ano académico. JEC/PLB