Ndalatando - O sector da Educação no Cuanza-Norte carece de mais 112 novas escolas para acomodar 28 mil crianças que se encontram fora do sistema de ensino.
Segundo o governador provincial do Cuanza Norte, João Diogo Gaspar, que intervinha na reunião orientada pelo Presidente da República, João Gonçalves Lourenço, com a construção das salas novas (112 escolas), a província terá cobertura integral.
Conforme o governante, a província, que tem matriculados 160 mil alunos neste ano lectivo, necessita igualmente de 3.755 novos professores e mais de quatro mil técnicos auxiliares administrativos.
No presente ano lectivo, o Cuanza-Norte tem mobilizados mais de três mil professores que leccionam em 2.693 salas de aulas, distribuídas em mais de duzentas escolas.
Das escolas existentes, referiu, 116 são construídas com material local (adobe) que clamam por reabilitação urgente.
No capítulo da formação profissional, o governador deu conta que a província registou, este ano, a inauguração, no município do Lucala, de uma unidade de formação, denominada “Cidadela Jovem de Sucesso”.
A instituição assegura a formação técnico-profissional de mais de 2.500 jovens, em diferentes cursos, alguns dos quais em regime de internato.
Apesar da citada inovação, referiu, a província clama ainda pela edificação de cinco novos centros de formação profissional, em alguns municípios do interior e uma mediateca.
No domínio do ensino superior, o governador congratulou-se com o facto do Cuanza- Norte ser contemplado com a construção de um campus universitário que deverá albergar o Instituto Superior Politécnico da província.
Apesar desse ganho, disse haver necessidade da edificação de novas unidades universitárias nos municípios de Ambaca e Cambambe.
O responsável apontou ainda a necessidade do reforço dos investimentos públicos para assegurar a gestão das unidades existentes, sobretudo, no que concerne à manutenção das infra-estruturas, laboratórios e recursos humanos.
Referiu que a escassez de oportunidades de formação representa uma grande preocupação para o Governo, pelo facto de significar um factor de fuga de quadros para outras regiões do país e com impacto negativo no desenvolvimento sócio-económico local.
João Diogo Gaspar apontou ainda a necessidade de elevação do número de bolsas para os estudantes universitários da província, que conta com 445 alunos universitários bolseiros. LJ/IMA/YD