Pretória (Da correspondente) - O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, disse domingo que a pandemia do novo coronavírus não é apenas a “maior crise de saúde do nosso tempo, mas também uma grave crise social e econômica”.
O Estadista falava durante a segunda sessão da Cimeira Virtual do Grupo dos 20 (G20), sobre a “Construção de um Futuro Inclusivo, Sustentável e Resiliente”.
Dirigindo-se a Arábia Saudita, país que pela primeira vez organiza o evento, o Presidente sul-africano lembrou que "a pandemia atrasou os esforços globais para erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades".
“A nossa recuperação desta crise exige que redobremos os nossos esforços para cumprir as obrigações globais, conforme vem reflectido na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Desenvolvimento Sustentável, especialmente o compromisso de ajudar os que estão mais distantes e de não deixar ninguém para trás”, realçou.
Na ocasião, Ramaphosa saudou o facto da Presidência Saudita ter priorizado a questão do apoio do G20 aos Planos de Resposta e Recuperação da Covid-19 nos Países em Desenvolvimento, com destaque para África e os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.
Cyril Ramaphosa, que é também o Presidente em exercício da União Africana (UA), mostrou-se satisfeito com o contínuo compromisso com o desenvolvimento de África, por meio da Parceria do G20 para com o continente, do Pacto com África e da Iniciativa para a Industrialização de África e dos Países Menos Desenvolvidos.
Disse que todas estas tendências contribuem, em muito, para o reforço da Agenda 2063 da União Africana, acrescentando que a questão dos fluxos financeiros ilícitos deve ser tratada com urgência.
"África perde, anualmente, com a fuga de capitais, 88 biliões de dólares, valor que poderia reduzir a lacuna de financiamentos", adiantou.
O Presidente pediu firmeza e determinação na protecção das sociedades e do planeta contra a degradação ambiental, no âmbito do plano mais amplo de recuperação da UA, o designado Programa Africano de Estímulo Verde.
Á propósito, Cyril Ramaphosa reafirmou o compromisso da África do Sul em seguir na íntegra as obrigações internacionais de combate às mudanças climáticas.