Quiçama - O arcebispo do Huambo, Dom Zeca Martins, aconselhou este domingo, na vila da Muxima, município da Quiçama, as famílias angolanas a praticarem a agricultura familiar, como se fazia no passado, de modos a se diminuir a pobreza.
O prelado deixou esse repto quando dirigia a missa de encerramento da peregrinação ao Santuário da Nossa Senhora da Conceição da Muxima, que decorreu de 30 de Agosto a 01 de Setembro, com o lema "Com Maria Vivamos na Fé o Ano da Oração".
Aos milhares de fiéis católicos, membros do governo, representantes de partidos políticos com assento parlamentar, presentes no evento, o arcebispo perguntou a razão pela qual os angolanos deixaram de se autossustentarem com a sua própria produção.
"Porque é que os angolanos não cultivam o cisal, o café e algodão, como faziam as famílias no passado e evitar o abuso do consumo de álcool, a intriga e fofoca?", questionou, reconhecendo que o país é fértil e apto para esse fim.
Porém, lamentou o estado de vulnerabilidade em que se encontra a maioria das famílias no interior das províncias de Angola, tendo apelado aos que podem mudar o curso da situação a manifestarem o sentimento do amor ao próximo.
Referiu que alguns angolanos devem se abster da imoralidade, seguirem os preceitos religiosos, como sejam, amar a Deus acima de todas as coisas e amar o próximo como a nós mesmos, de modos a salvar a humanidade inteira.
Dom Zeferino Zeca Martins alertou que desenvolver os sentimentos de insacetez, cobiça, inveja, calúnia, injustiça, adultério, fraudes, difamação e orgulho, são vícios que tornam o homem impuro pelo que desaconselha.
A peregrinação 2024 teve como convidado especial, o bispo da diocese do Porto, Portugal, Dom Manuel Rodrigues da Silva Linda, a quem coube a responsabilidade de fazer a abertura do evento anual.
A romaria teve a participação de milhares de devotos vindos de todas as províncias do país e de outros países. AJQ