Lobito - O governador da província de Benguela, Luís Nunes, considerou, esta terça-feira, as obras emergenciais nas cidades do litoral como intervenções profundas e estruturantes, muitas vezes "invisíveis aos olhos do público", que vão impactar na vida dos cidadãos.
Luís Nunes fez esse pronunciamento na abertura da Reunião Ordinária do Conselho Provincial de Auscultação da Comunidade, referindo essas obras "silenciosas", podem não gerar o imediatismo ou a visibilidade que alguns esperam.
Segundo o governador, a prioridade do Executivo é garantir que essas intervenções tenham continuidade a longo prazo, com impacto profundo e duradouro.
"Estamos comprometidos em construir infra-estruturas resilientes e capazes de atener a demanda", assegurou.
Defendeu que, para tal, é necessário planeamento, paciência e um olhar voltado para as soluções definitivas.
O governador acrescentou que o Executivo está a reforçar as bases das cidades, não só a nível de organização e sustentabilidade urbana, mas também em termos sociais e económicos, mantendo uma forte aposta na disponibilização de novos equipamentos nos diversos sectores, com particular ênfase para a Educação, Saúde e Cultura.
Na cidade de Benguela estão em curso obras de vulto, com destaque para a malha rodoviária, nomeadamente a marginal da Praia Morena e na avenida 31 de Janeiro, que ligam vários bairros e áreas comerciais.
No Lobito, estão em curso obras na avenida Brasil, parcialmente aberta ao trânsito, no mercado do Tchapanguele e no Cine Flamingo.
Luís Nunes falou igualmente sobre o Censo populacional e habitacional 2024, dizendo que "representa um processo de extrema importância e responsabilidade que deve ter o apoio e receptividade de todos sem excepção".
"Cada membro deste Conselho deve desempenhar um papel fundamental no processo de sensibilização das nossas populações para que possam aderir, sem dúvidas, ao processo", recomendou.
Lembrou ainda que, através do Censo, podem ser jizadas políticas públicas mais abrangentes e direccionadas a todas as localidades, numa lógica de não deixar ninguém de parte.
Referiu-se aos membros do Conselho de Auscultação dizendo que o referido fórum não é apenas um mecanismo formal, mas um exercício indispensável para uma governação eficiente e inclusiva.
"A instabilidade global, o aumento do custo de vida e a pressão sobre os recursos públicos são desafios que exigem de todos, não apenas resiliência, mas também soluções práticas e eficazes", considerou.
Afirmou que é precisamente neste cenário que a participação da sociedade civil, por meio deste Conselho, se torna ainda mais relevante.
"A contribuição e responsabilidade dos diversos quadrantes sociais, é essencial para que possamos responder às necessidades reais das nossas comunidades", comentou.
Na Reunião Ordinária do Conselho Provincial de Auscultação da Comunidade foram discutidos diversos temas, com destaque para as infra-estruturas integradas, a circular de Benguela e o Censo populacional e habitacional 2024.
Esteve igualmente em discussão, entre outros assuntos, o ponto de situação dos investimentos públicos na província, o plano anual para 2025 e a nova Divisão Política e Administrativa de Benguela. TC/CRB