Luena – Habitantes da província do Moxico estão a colaborar no processo censitário por via de ligação telefónica aos técnicos do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), com vista ao recenseamento de residências em falta, soube esta terça-feira a ANGOP.
Segundo o director dos serviços provinciais do INE no Moxico, José Januário, que falava à ANGOP, os chefes de famílias que estiveram ausentes aquando da passagem dos recenseadores para recolha de dados têm ligado com frequência para o fornecimento da informação.
Reiterou que a província continua aguardar por meios aéreos para atingir as localidades de difícil acesso como é o caso das regiões de Lumbala Kakengue (Alto - Zambeze), Tempué (Luchazes), bem como Muangai e Cangumbe, territórios do município sede (Moxico).
“ Nessa altura estamos a fazer uma varredura em residências onde não foi possível recolher informações”, explicou.
Moxico com desafios de acessibilidade para conclusão do censo
Neste fim-de-semana, o director nacional do Instituto Nacional de Estatística (INE), José Calengi, reconheceu que a dificuldade na acessibilidade em algumas regiões da província do Moxico está a atrasar a conclusão do processo censitário nesta parcela do território nacional, que conta com 60 por cento de cobertura, quando falta menos de 8 dias para o fim do processo.
Disse que o grupo técnico de acompanhamento do processo nesta região identificou a problemática da acessibilidade e alguns de ordem técnica como os principais desafios da realização do censo nesta província, a maior do país, com uma extensão de 223 mil 23 quilómetros quadrados.
Assegurou que já foram identificadas as soluções, com vista à conclusão do processo censitário, dentro da data limite.
Até ao momento, três dos nove municípios da província, nomeadamente Cameia, Luau e Luacano, concluíram o processo.
No Moxico, que conta actualmente com cerca de um milhão e 26 mil habitantes, foram actualizadas duas mil 929 secções censitárias, durante o processo de actualização cartográfica que decorreu em todo território nacional.
Sob lema "Juntos contamos para Angola”, o Censo Geral de 2024 será o segundo após a independência, terceiro na história do país, depois dos realizados em 2014 e no período colonial, em 1970. MT/TC/YD