Huambo – O Tribunal do Huambo confrontou hoje, quinta-feira, as mensagens telefónicas trocadas entre a vítima Yelissa Leite Mendes e os declarantes, horas antes do assassinato, em Agosto de 2019, para a produção da prova material.
A confrontação das mensagens pelo Tribunal faz parte do processo de acareações, iniciadas terça-feira com a audição aos declarantes e testemunhas, enquanto se aguarda pelo desfecho das conversas telefónicas (áudios e mensagens) mantidas entre a vítima e o réu, porém já disponibilizadas pela operadora de telefonia móvel (UNITEL).
Na sessão de julgamento, marcada de emoção e nostalgia por parte da família, foram ainda confrontados os pronunciamentos dos declarantes e das testemunhas proferidos durante a instrução preparatória e contraditória, com destaque para o pai e o vizinho da vítima, para além do réu que assume ter estado com Yelissa Leite Mendes até às 21horas do dia em foi assassinada, demarcando-se da autoria ou participação no crime.
O julgamento, que decorre na 3ª sessão das questões criminais do Tribunal Provincial do Huambo, sob presidência do juiz de direito Sabino Baptista Mor, retoma na próxima terça-feira (14).
Refira-se que Yelissa Leite Mendes, filha de missionários brasileiros, residentes no Huambo, desde 2007, foi vítima de homicídio qualificado, concorrido de estrangulamento e abuso sexual, alegadamente praticada pelo réu Rui Filipe de Coelho, de 29 anos de idade, que responde em liberdade.
De 24 anos de idade a data dos factos, Yelissa Leite Mendes, era finalista do curso de Literatura Inglesa pelo Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED - Huambo) e professora de inglês.