Huambo - Os municípios do Bailundo, Caála, Cachiungo, Huambo e Mungo integram a lista das 22 municipalidades do país, com elevada taxa de crianças sem qualquer dose de vacinas de rotinas, soube hoje, sexta-feira, a ANGOP.
O facto foi dado a conhecer pela secretária-geral do Ministério da Saúde, Sara Silva, quando falava no seminário de capacitação, dirigida aos administradores e directores de Saúde de alguns municípios das províncias do Huambo e do Bié.
De acordo com a responsável, os demais 17 municípios são das províncias do Bié, Cuanza Sul, Cunene e Luanda, que concentram, aproximadamente, 60 por cento de crianças sem doses de vacinas.
Referiu que, a mesma percentagem foi acumulada durante a pandemia da Covid-19, que tem se constituído numa das principais causas do surto de várias doenças a nível do país.
Deste modo, o Governo angolano está empenhado em combater este retrocesso da vacinação de rotina, para aumentar a cobertura nacional em 10 por cento ao longo dos dois anos e reduzir a actual taxa de crianças não vacinadas, estimada em 25 por cento, para dez.
Segundo a responsável, o Estado angolano contínua fortemente empenhado no fortalecimento do programa de vacinação, especialmente, na de rotina, que garante o acesso precoce das crianças às vacinas necessárias nos primeiros meses de vida, contribuindo para uma saúde sólida, na perspectiva de atingir a cobertura universal de imunização e os objectivos de desenvolvimento sustentável, tendo já se tornado auto-suficiente, apesar das dificuldades de ordem económica.
Por sua vez, o vice-governador para o sector Político, Social e Económico do Huambo, Angelino Elavoco, destacou a importância económica das campanhas de vacinação de rotina das crianças.
Segundo o responsável, estudos mostram que por cada dólar aplicado na vacinação infantil, a nível mundial, se pode obter outros 44 de benefícios económicos.
Para o caso da África subsaariana, disse, as doenças e mortes causadas pela não vacinação atingiram 13 milhões de dólares norte-americanos anualmente, recursos que deveriam ser utilizados para reforçar os sistemas de saúde e fortalecer as economias.
Adiantou que em Angola, particularmente, milhares de crianças continuam sem ser vacinadas e com riscos de contrair doenças mortais, apesar de serem evitáveis com a vacinação.
Essa situação, acrescentou, encerra para o país um desafio a ultrapassar e responsabilidade em prosseguir com os esforços voltados para um contínuo processo de imunização de crianças, amplamente reconhecidas como uma intervenção de saúde com maior sucesso a nível mundial.
Por conta disso, reiterou o compromisso e a disponibilidade do Governo da província do Huambo em garantir o cumprimento dos objectivos do programa de fortalecimento do processo de vacinação de crianças.
A acção formativa, que se realizou no quadro da cooperação, entre Angola e a Aliança Global de Imunização e Vacinação (Gave) visou habilitar os participantes com técnicas e procedimentos que a realização de despesas no Sistema de Gestão Financeira do Estado (SIGFE), observando escrupulosamente as etapas de execução definidas na legislação em vigor.
Participaram da mesma administradores e directores municipais de Saúde do Bailundo, Caála, Cachiungo, Huambo e Mungo (Huambo), do Andulo, Chinguar, Cuemba e Cuito, província do Bié.
Os participantes reforçaram, na vertente teórica e práticas, os conhecimentos sobre a execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) e leis de contratos, pressupostos técnicos para a execução da despesa no acordo GAVE e Sistema Integrado de Gestão das Finanças o Estado (SIGIF) ”. VKY/ALH