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Conquista da Independência representa o maior prémio dos angolanos-Ministra de Estado

     Política              
  • Malanje • Segunda, 11 Novembro de 2024 | 16h04
Ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança
Ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança
Gaspar dos Santos-ANGOP

Malanje- A ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, considerou hoje, a Independência Nacional, o maior prémio alcançado em 1975 pelos angolanos, com a luta e resistência determinante que decidiram travar a partir de 1961, para acabar com a subjugação colonial.

Falando em representação do Presidente da República, João Lourenço, no acto Central do 49º aniversário da Independência Nacional, assinalado hoje, a ministra que fez uma breve resenha histórica sobre a data, lembrou que a bravura dos angolanos para pôr fim ao jugo colonialista culminou com a liberdade dos povos em 1975.

“É essa tradição de resistência que sempre caracterizou o povo angolano, por isso nesta data, reitero uma singela homenagem à memória dos que deram a vida em prol da liberdade e da dignidade do povo angolano, pois que, sem esse sacrifício estaria-se longe de se alcançar a Independência”, disse.

Reconheceu os apoios prestados pelos países amigos e aliados de Angola que ajudaram os combatentes angolanos a conquistar a tão almejada Independência.

Assinalou que a medida que se avança como uma nação livre, deve-se honrar aqueles que acreditaram e apoiaram o direito de Angola a auto-determinação e liberdade.

Nesta data, recordou alguns aspectos relevantes que condicionaram de forma marcante o desenvolvimento do país, nomeadamente a fuga massiva e indiscriminada de quadros dos mais diversos domínios do conhecimento e níveis de socialização, que asseguravam o funcionamento da administração pública e outros sectores.

Reconheceu que em 1975 o país registava uma taxa de 85 por cento de analfabetismo e para alterar tal cenário, para além da contratação de assessores estrangeiros para quase todas as funções, o primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto lançou em 1976 uma ampla campanha de alfabetização e deu início a formação massiva de quadros, enviando milhares de jovens para vários países, tarefa que continua até aos dias de hoje.

“Foi com esses quadros e os que permaneceram no país que se começou a redifinição dos próprios destinos e da construção de Angola sem qualquer tipo de descriminação e que deve orgulhar a todos os seus filhos”, sustentou.

Por outro lado, apontou a província de Malanje como um dos grandes símbolos da resistência contra a ocupação colonial, a escravidão e a humilhação, tendo exaltado a figura de Ngola Kiluanje e Nginga a Mbande, que neste território travaram incessantes batalhas com os colonialistas portugueses.

Fez saber que foi em Malanje que se registou no dia 4 de Janeiro de 1961, na Baixa de Cassanje, uma das revoltas mais significativas e de grande simbolismo da luta anti-colonial, daí que o Executivo está empenhado na construção dos monumentos do reino do Ndongo e da Matamba, na localidade de Muculu-a-ngola, no município de Marimba, com objectivos de homenagear esses heróis.

Reconstrução e reconciliação nacional

A ministra lembrou que o Executivo lançou um amplo programa de reconstrução e reconciliação nacional, que permitiu por um lado, a recuperação de infra-estruturas que servem de base para promover o progresso do país e por outro lado que se perdoassem mutuamente para juntos caminhar rumo ao desenvolvimento de Angola.

Reconheceu que a reconciliação nacional é um pilar fundamental para o progresso e a unidade nacional, por isso se afigura um compromisso com a verdade e com a justiça, e representa um convite a todos os angolanos a deixar de lado as animosidades do passado e abraçarem a diversidade multicultural que caracterizam o país.

Nesta senda, reiterou que a reconciliação nacional não é apenas uma tarefa para uma geração, mas sim, para todas e que dever ser consolidada no quotidiano, mesmo com pequenos gestos que ajudam a curar feridas e a superar desconfianças.

Fez saber que o percurso do país deste 1975 tem sido o de construir uma Angola unida para todos os seus cidadãos, onde as diferenças de origem, etnia, crença e outras, são respeitadas e celebradas como parte da força nacional, sem deixar ninguém para atrás.

Conforme disse, a unidade deve ser a maior força e a pedra angular sobre a qual reafirma-se o compromisso e o fortalecimento, e só através dela poder-se-á construir uma nação próspera, democrática e pacífica, valorizando o rico mosaico cultural e a preservação da paz, um bem valioso que deve ser defendido por todos.

Testemunharam o acto que decorreu no pavilhão de jogos Palanca Negra Gigante, sob o lema “11 de Novembro, Unidade Nacional, Produção e Desenvolvimento Sustentável”, o governador provincial, Marcos Nhunga, ministros e secretários de Estado.PBC

 

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