Malanje- A província de Malanje, quer liderar a produção de mandioca no país, face aos níveis que já atingiu nos últimos tempos no cultivo de outras culturas, que têm contribuído no sustento das famílias.
A intenção passa por se aumentar os incentivos aos camponeses, para que estes tenham condições de ampliar a capacidade de produção, uma vez que a província já dispõe de clima, chuvas abundantes e terras férteis para o efeito.
Essa pretensão foi manifestada hoje, pelo governador provincial, Marcos Nhunga, ao intervir no acto central das comemorações do 49º aniversário da Independência Nacional, que Malanje acolheu, tendo considerado para tal, a participação activa dos sectores empresarial e familiar.
Referiu que Malanje hoje é o maior produtor de milho, arroz, batata-rena e algodão no sector empresarial e de batata-doce no familiar, daí que se pressupõe haver condições e interesse para atingir também essa posição no cultivo de mandioca.
“Estamos a fazer tudo para liderarmos também a produção de mandioca”, frisou, acrescentando que a província vem registando nos últimos tempos, crescimento considerável no domínio agrícola, através do incentivo do governo, rumo ao alavancar da economia.
O governante realçou que a solução para o combate à fome e à pobreza está no campo, por isso o Executivo definiu o sector agro-pecuário, a par das águas, cuidados primários de saúde e outras áreas como prioritários, com vista a se proporcionar melhores condições de vida a população.
Nesta senda, disse que tudo tem sido feito para inserção cada vez mais de famílias na produção agrícola.
No domínio social, Marcos Nhunga anunciou o projecto em curso de electrificação de 10 municípios e igual número de comunas, cujos trabalhos decorrem a bom ritmo, com destaque para a região Songo e da Baixa de Cassanje, com vista a permitir uma cobertura integral da província, entre outras acções.
Realçou ainda que a província conta com cinco Estações de Tratamento de Água nos municípios de Malanje, Cangandala, Massango, Mucari e Kiwaba e tem por se inaugurar dois no Quela e Marimba, até final deste ano e para 2025 serão construídos nos outros municípios para garantir uma cobertura integral.
No que toca a saúde, disse existirem 196 unidades sanitárias, sete mil 684 camas e três mil 496 profissionais, entre os quais 266 novos médicos, que estão a fazer cursos de especialização localmente, em Luanda e no estrangeiro, com vista a melhorar a assistência cirúrgica e aumentar a cobertura sanitária.
A par disso, o governador anunciou também a recelagem e asfaltagem das sedes municipais, no âmbito dos 400 quilómetros de estrada da província, aprovados pelo Presidente da República, João Lourenço, cuja execução arranca no próximo ano.
Reiterou que as estradas, energia e água, são os sectores de base, com maior incidência do Governo a partir de 2025, permitir o desenvolvimento da província.
Decorrido sob o lema: “11 de Novembro-unidade nacional, produção e desenvolvimento sustentável”, o acto central do Dia da Independência Nacional foi presidido pela ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança e culminou com homenagens a figuras do país que se destacaram para o alcance desse e outros feitos, e para o desenvolvimento da província e com uma Feira do Produtor que visou divulgar as potencialidades locais.
No quadro das comemorações, a cidade ganhou domingo (10), um Instituto Politécnico Industrial José Eduardo dos Santos (IPIJES), com capacidade para mil 600 alunos em dois turnos e dois internamentos para 128 alunos, perfazendo assim 25 novas escolas e 350 salas de aula, atingidas nos últimos anos. NC/PBC