Washington - O bilionário Elon Musk, que foi um dos principais apoiantes e financiadores da campanha de Donald Trump, vai ser o chefe de "Departamento de Eficiência Governamental", cargo que ocupará com o empresário norte-americano Vivek Ramaswamy, anunciou o presidente eleito, Donald Trump.
"Juntos, esses dois americanos extraordinários irão abrir o caminho para que minha administração desmonte a burocracia governamental, elimine regulamentações excessivas, corte gastos desnecessários e reestruture agências federais essenciais para o Movimento 'Salvar a América'", declarou Trump num comunicado na noite de terça-feira, segundo o Diário de Noticias brasileiro na sua edição de hoje.
“Não existe um departamento federal. Os dois trabalharão de fora do governo para fornecer "conselhos e orientações", afirmou Trump nas redes sociais, afirmando que vão trabalhar com autoridades da Casa Branca para "impulsionar uma reforma estrutural em larga escala".
Acrescentou que o trabalho do departamento terá de ser concluído até 4 de Julho de 2026.
O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), é uma aparente referência ao gosto de Musk pela criptomoeda Dogecoin, cujo mascote é um Shiba Inu.
Musk, o CEO da Tesla e da SpaceX e homem mais rico do mundo, havia discutido a ideia anteriormente ao propor cortes massivos nos gastos do governo feral norte-americano. Em publicação no X, antigo Twitter, o bilionário manifestou-se e fez promessas diante do anúncio realizado pelo presidente eleito.
"Todas as acções do Departamento de Eficiência Governamental serão publicadas on-line para máxima transparência", disse o empresário.
Acrescentou ainda que sugestões sobre a necessidade de cortes ou contenção de gastos podem ser sinalizadas. "Também teremos uma tabela de classificação para os gastos mais insanamente idiotas do seu dinheiro de impostos. Isso será extremamente trágico e extremamente divertido", finalizou a postagem.
Durante uma live em Agosto, Trump acolheu a ideia de Musk juntar-se a um segundo mandato republicano para ajudar a cortar desperdícios do governo. Ofereceu-se para participar de uma possível "comissão de eficiência governamental", quando sugeriu a Trump que o governo americano tem gastos em excesso.
Na época, Trump pareceu gostar da ideia, chamando o bilionário de "o maior cortador", numa aparente referência a demissões em massa que Musk já fez nas suas empresas.
Por seu turno, Vivek Ramaswamy, multimilionário, empreendedor do sector de tecnologia, o empresário foi pré-candidato pelo Partido Republicano e passou a apoiar Trump na corrida presidencial após suspender a sua campanha em Janeiro devido a maus resultados nos caucus de Iowa.
Durante a campanha, criticou os seus oponentes, mas elogiou Trump como "o melhor presidente do século 2021", tendo ficado conhecido por ter ideias consideradas radicais, incluindo dentro do partido.
Defendeu teorias da conspiração exigindo a revelação da "verdade" sobre assuntos como a invasão ao Capitólio e os ataques terroristas às Torres Gêmeas.
Também defendeu a ivermectina para tratamento de covid-19, apesar de a ciência confirmar a ineficácia do medicamento para este caso.
Em 2014, fundou e actuou como PCA da Roivant Sciences, uma empresa farmacêutica que tinha como objectivo a criação de um remédio para o Alzheimer.
No entanto, a companhia faliu nos seus esforços de levar o fármaco ao mercado em 2021, mas o empreendedor fez centenas de milhões de dólares com a venda das suas acções, e viu descolar então a sua carreira entre os titãs do Vale do Silício. DSC/AM
