Luanda - A Comissão Municipal Eleitoral (CME) do Cazenga levou a cabo hoje, quinta-feira, uma campanha de sensibilização aos potenciais eleitores para esclarecimento de eventuais dúvidas sobre o pleito de 24 de Agosto próximo.
Segundo o presidente da CME do Cazenga, Santana da Cunha, aos potenciais eleitores dos mercados dos Kwanzas, Asa Branca e do Kikolo (locais de grande concentração populacional) foram levadas mensagens elucidativas sobre como votar e esclarecidas algumas dúvidas apresentadas nos inquéritos.
Considerou boa a receptividade da população nos locais por onde passaram, com interesse em receberem explicações para dissiparem todas as inquietações a volta do processo.
Disse que o maior número está relacionado com pessoas que votaram em 2017 e não fizeram actualização do registo, querendo saber se vão poder votar, escolhendo o cabeça de lista e o partido do seu interesse.
O responsável local da CNE refereiu, para as pessoas votaram em 2017 e não actualizaram os seus dados, a lei permite que votem no mesmo local do pleito passado.
Por outro lado, visando permitir que todos os eleitores consultem as suas mesas de votos, Santana da Cunha anunciou que a partir da próxima semana os educadores cívicos estarão na rua com meios tecnológicos para ajudar neste quesito.
Desde o princípio do processo de educação cívica, a Comissão Municipal Eleitoral (CME) já sensibilizou cerca de 12 mil eleitores, numa campanha que conta com 159 agentes.
As eleições deste ano, que terão pela primeira vez a participação dos angolanos na diáspora, são as quintas da história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.
São esperados mais de 14,399 milhões de eleitores, dos quais 22.560 no estrangeiro.
A votação no exterior terá lugar em 12 países e 26 cidades, tais como África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburgo), Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e República Democrática do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi).
Ainda no continente africano, poderão votar os angolanos residentes no Congo (Brazzaville, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Kolwezi).
Fora do continente, o voto estará aberto à diáspora angolana no Brasil (Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo), na Alemanha (Berlim), na Bélgica (Bruxelas), em França (Paris), no Reino Unido (Londres), em Portugal (Lisboa, Porto) e nos Países Baixos (Roterdão).
O sufrágio anterior foi disputado, em 23 de Agosto de 2017, por seis forças políticas, com a participação de 76,57 por cento dos cerca de 9,3 milhões de eleitores inscritos.
O MPLA venceu por maioria absoluta, com 61 por cento dos votos, à frente da UNITA com 26,67 por cento e da CASA-CE (Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral) com 9,44 por cento.