Washington - O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, visita na terça-feira a cidade de Buffalo, onde no sábado 10 pessoas foram assassinadas num supermercado da periferia, informou a Casa Branca.
"O Presidente e a primeira-dama viajarão para Buffalo para partilhar a dor de uma comunidade que perdeu 10 dos seus numa horrível e insensata matança em massa", disse a presidência dos Estados Unidos numa declaração.
No domingo, o Presidente já tinha lamentado o tiroteio com motivações racistas em Bufallo, no estado de Nova Iorque, ao considerar que o "ódio permanece uma mancha na alma da América".
Um dia depois do massacre no supermercado, o Presidente norte-americano considerou que o "atirador solitário equipado com armas de guerra e com uma alma cheia de ódio matou 10 pessoas inocentes a sangue-frio".
De acordo com um manifesto divulgado na Internet, cuja autoria é atribuída ao suposto atirador, Payton Gendron, o jovem escolheu conscientemente aquele bairro da cidade porque é habitado maioritariamente por população negra.
Joe Biden tem exortado os legisladores a aprovarem leis para que os compradores de armas passem por uma verificação de antecedentes criminais, mas o Congresso não limitou significativamente a posse de armas, que está protegida pela segunda emenda da Constituição há mais de duas décadas.
Os tiroteios e mortes em locais públicos são quase diários nos Estados Unidos e o crime com armas de fogo está a aumentar em grandes cidades como Nova Iorque, Chicago, Miami e São Francisco, especialmente desde a pandemia de 2020.
No domingo outro tiroteio numa igreja nos arredores de Los Angeles, no estado da Califórnia, provocou pelo menos uma morte, ficando outras cindo pessoas feridas. O atirador foi preso.
Também no domingo, em Houston, no Texas, duas pessoas morreram e três ficaram feridas num tiroteio ocorrido numa feira ao ar livre.
O tiroteio envolveu cinco pessoas que as autoridades suspeitam que se conheciam. Ninguém fora do grupo foi atingido.
Em Milwaukee, no estado de Wisconsin, a polícia estava, também no domingo, a investigar três tiroteios nocturnos separados que provocaram três mortes.
A noite de violência do fim-de-semana em Milwaukee saldou-se em 21 pessoas baleadas.