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FILDA 2024: Produção alimentar cresce 6% em dois anos

     Economia              
  • Luanda • Sábado, 27 Julho de 2024 | 23h57
FILDA 2024  - 39ª edição
FILDA 2024 - 39ª edição
Domingos Cardoso-ANGOP

Luanda – A produção de bens alimentares em Angola cresceu 6%, nos últimos dois anos, um indicador que demonstra a evolução que o sector agrícola tem alcançado para garantir a segurança alimentar no país.

Segundo o director do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística (GEPE) do Ministério da Agricultura e Florestas, Anderson Jerónimo, esse crescimento foi registado em diversas culturas, com realce para o arroz, cuja produção anteriormente era muito reduzida.

O responsável, que falava durante a conferência sobre “Segurança alimentar - Desafios e oportunidades”, um dos temas debatidos no quinto e penúltimo dia da 39ª edição da FILDA, acrescentou que os actuais resultados da actividade agrícola encorajam os agricultores a continuar a trabalhar para assegurar a disponibilidade de alimentos para a população.

Apesar do crescimento do sector, reconheceu não ser ainda a produção suficiente para responder as reais necessidades do mercado interno.

Anderson Jerónimo defendeu a aposta na formação do capital humano e mais investimento nos institutos agrários e escolas de campo.

Porém, recordou que Angola continua a ser auto-suficiente em produtos como a mandioca, banana e batata-doce, bem como carne caprina.

Por seu turno, o director nacional das Pescas, Victor Chilamba, apontou a necessidade de se ajustar a capacidade de pesca e o melhoramento da cadeia de valor.

Lembrou que, em 2023, foram produzidas cerca de 600 mil toneladas, em três segmentos: pesca artesanal , que contribuiu com 35%, industrial e semi-industrial, com 65%, bem como do sub-sector da aquicultura continental, focada na pescado da tilápia (cacusso), com cerca de 8 mil toneladas.

Para além da conferência sobre “segurança alimentar - desafios e oportunidades”, o quinto dia na FILDA 2024 foi também marcado com o fórum sobre “O papel do INAPEM no fomento as iniciativas de estímulo à economia.

O penúltimo dia foi dedicado à Gala Leões de Ouro, que visa premiar os expositores mais destacados durante o evento, bem como à família, com o registo da afluência de vários visitantes à feira.  

A FILDA, que conta com mais de mil e 350 expositores, é a maior montra de promoção nacional, realização de negócios e do fomento de empregos. Inclusivamente, o carácter internacional do evento também tem uma impressão digital no fomento à diversificação económica.

O certame conta com a presença de 19 países,  com realce para África do Sul, Namíbia, Itália, Alemanha, Brasil, Portugal, EUA, Coreia do Sul, Turquia e Canadá.

A 39ª edição decorre sob o lema "Segurança alimentar e parceria internacional: O binómio da diversificação económica”, numa área de 144 mil metros quadrados, sendo 42 mil de área lúdica de exposição.

A sua realização na ZEE – Zona Económica Especial, Luanda – Bengo configura-se como um convite directo ou indirecto ao investimento em Angola. EH/QCB



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