Menongue – Quarenta toneladas de arroz foram colhidas em quatro dias na fazenda agro-industrial do Longa, adstrita ao município do Cuito Cuanavale, no Cuando Cubango, numa área de 25 hectares de terras cultivadas deste cereal, soube a ANGOP.
A fazenda agro-industrial da empresa “ALAAL-Angola” tem cultivado nesta fase experimental 600 hectares, onde prevê colher mais duas mil e 500 toneladas de arroz, inserido no Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos (PLANAGRÃO), num investimento avaliado em 2.8 bilhões de kwanzas.
Em declarações hoje, terça-feira, à ANGOP, o responsável da fazenda Longa, Tomás Barroso, disse que, neste primeiro ano de trabalho na fazenda Longa, que ficou mais de três anos paralisada, foi possível cultivar duas variedades de arroz de origem chinesa e brasileira, qualidades que se adaptam bem ao clima do Cuando Cubango.
Para a próxima campanha agrícola, a direcção da empresa pretende aumentar a área de produção para 1.500 hectares, com a entrada em funcionamento dos sistemas de irrigação, para tornar o Cuando Cubango auto-suficiente, no que diz respeito ao cultivo e consumo do arroz, bem como ter também uma área de produção milho.
Tomás Barroso disse que a fazenda possui duas máquinas de colheita de grão fino, com uma boa capacidade que permite colher em média 25 toneladas de arroz por dia e acredita que, até na segunda quinzena de Maio, pode terminar com o processo e passar para secagem do cereal para estar disponível para sua comercialização.
Área industrial
Além da área de produção agrícola, a Fazenda Longa possui uma unidade industrial para a secagem, limpeza e embalagem do arroz. Apesar do tempo de paralisação, a fábrica está em funcionamento, com a recuperação dos seus equipamentos na ordem dos 40 por cento.
A fábrica de secagem, limpeza e embalagem do arroz tem capacidade para processar sete toneladas por hora, ou seja, 168 toneladas por dia.
A Fazenda Agro-Industrial do Longa conta ainda com três silos, com capacidade de nove mil toneladas, um laboratório, parque de máquinas e oficina, uma área residencial para os técnicos, um posto médico, refeitório, campo multiuso, entre outros serviços.
A empresa “ALAAL-Angola” está a gerir a nível do país seis Fazendas Agro-Industriais de produção de arroz e milho, nomeadamente na província do Bié, Cunene, Cuando Cubango, Uíge, Moxico e Zaire.
Nos próximos cinco anos, pretende cultivar nestas seis fazendas 25 mil hectares de produção de arroz, soja e milho, batata-rena e feijão manteiga, para que a sua possa dar maior resposta no programa do Executivo no que concerne à diversificação da economia nacional. JSV/PLB