Luanda - O secretário-geral em exercício da Federação dos Sindicatos da Administração Pública, Saúde e Serviços, Manuel Clemente Pedro, orientou, esta quarta-feira, em Luanda, a suspensão da greve dos funcionários da administração pública na província de Benguela.
Segundo o responsável, a greve viola o acordo assinado em acta com o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) a 3 do mês em curso, em que se estabeleceu um prazo de três meses para o levantamento dos dados dos funcionários a nível nacional, sobre o nível académico, tempo de serviço e de permanência na categoria actual.
Conforme Manuel Clemente, o sindicato foi surpreendido, na terça-feira, 4, por Benguela ao decretar a greve mesmo depois do acordo com o Governo no dia anterior.
O sindicalista apelou aos funcionários a calma, frisando que o trabalho está a ser feito, findo o prazo voltarão a sentar com o MAPTSS.
“Apelamos à calma e à serenidade e acreditem nas pessoas que estão à frente do processo”, salientou.
Por seu turno, o secretário de Estado da Administração Pública, Vânio Americano, disse que o MAPTSS está a mediar com a Federação dos Sindicatos da Administração Pública, Saúde e Serviços a resolução desta questão, apelando aos trabalhadores de Benguela que acreditem na boa fé do Estado e voltem ao trabalho.
Apesar de considerar ilegal a greve, o responsável adiantou que as portas da instituição estarão sempre abertas para continuar a interagir.
Caso prossigam com a greve, referiu, o Estado será obrigado a avançar para a requisição civil, um mecanismo legal que está previsto para permitir que os cidadãos continuem a usufruir dos serviços prestados pelas instituições do Estado.
Os funcionários da Administração Pública de Benguela desencadearam uma greve terça-feira das reivindicações do Estatuto da Carreira do Regime Geral, actualização das categorias (que seja automática), reforma e equilíbrio remuneratório entre as categorias do regime geral e especial.