Lubango – Casos de burla, com recurso às redes sociais, ganham corpo na província da Huíla, tendo o Serviço de Investigação Criminal (SIC) notificado 66 casos nos últimos dois meses.
Comparativamente a igual período de 2019, houve um aumento de 32 casos, que resultaram em prejuízos avaliados em 200 milhões de kwanzas.
A burla envolve nacionais e estrangeiros, tendo esta terça-feira sido apresentados, pelo SIC, sete angolanos e um libanês que usavam o facebook, whatsapp e o sistema multicaixa express para ludibriar as vítimas com produtos inexistentes, pagamentos e transferência ilegais.
Segundo o porta-voz do SIC na Huíla, Sebastião Vika, a detenção dos supostos bandidos é resultante de denúncias dos lesados, que tão logo fizeram a queixa foi aberto um processo investigativo e após diligências chegou-se aos suspeitos.
“Alguns foram apanhados em flagrante delito no jardim da Sé Catedral (centro da cidade), como sendo um palco por excelência de negócios fraudulentos, e outros já estavam de malas feitas para se colocarem em fuga para Benguela, Luanda e Cabinda”, referiu.
Admitiu que o SIC tem enfrentado alguma dificuldade em alcançar os burladores, já que no acto de recepção do dinheiro, raramente usam contas próprias, ou seja, chegam a terceiros e solicitam que os ajudem com a sua conta bancária para um depósito que um familiar lhes vai fazer.
“Maior parte dos queixosos recebeu mensagens de que seriam contemplados com prémios, mas que teriam de fazer um pagamento para receber. Para aliciar as vítimas, os burladores usam nomes de instituições públicas e privadas, alguns até organismos internacionais”, disse.