Talatona – O Representante do Fundo das Nações Unidas Para a Infância (UNICEF) em Angola, Antero Almeida de Pina, disse que o país atingiu avanços em termos de serviços básicos, servindo 23,9 milhões de pessoas em 2022, contra os 15,4 milhões de 2012.
Ao intervir, terça-feira, na mesa redonda sobre “Os Investimentos nos Serviços de Saneamento Básico-Desafios e Solucoes”, realizado pelo Ministério das Finanças e o UNICEF, destacou que esses números significam um crescimento da taxa de cobertura de mais de 50 por cento nos últimos 10 anos.
Porém, de acordo com o responsável, ainda existe um longo caminho a percorrer para melhoria do saneamento básico, principalmente nos centros urbanos.
Conforme Antero de Pina , o UNICEF Angola publicou, em 2023, a análise dos desafios financeiros do sector da água e saneamento e higiene como forma de contribuir para a reflexão nacional sobre os investimentos necessários para atender as necessidades de saneamento.
“Neste estudo, foi realçado a necessidade de desenvolver os sistemas de águas residuais para mais províncias e de aumentar a distribuição geográfica das verbas alocadas para o saneamento que continuam centradas em luanda”, disse.
Nesta senda, com a realização do workshop, se poderão formular recomendações para o próximo orçamento e captação de investimentos com impactos a médio e longo prazo.
Reafirmou que o UNICEF está comprometido com a melhoria do acesso das famílias e das crianças ao saneamento básico e a redução significativa do impacto das doenças diarreicas e outras consequências da falta de higiene e saneamento.
Por sua vez, a Secretária de Estado para o Orcamento, Juciene Cristiane de Sousa, sublinhou que o sucesso da implementação de projectos afectos ao saneamento básico recai no alinhamento de todos os actores envolvidos no processo de preparação e execução dessa despesa.
Segundo Juciene de Sousa, que tecia breves palavras no discurso de abertura da mesa redonda sobre o Financiamento para o saneamento básico, realizado entre o Ministério das Finanças e o UNICEF, destacou que só com alinhamento de todos os sectores se poderá almejar os resultados palpáveis para a população, desde o da saúde primária, básica e para o desenvolvimento do país.
Frisou que o workshop não é apenas uma oportunidade de aprendizado, mas também para diálogo construtivo, com a troca de ideias entre os participantes e de estratégias inovadoras que visem aprimorar o sistema em vigor.
“Ao promovermos uma colaboração aberta e efectiva podemos trilhar o caminho a excelência na gestão das infra-estruturas públicas garantindo que os recursos sejam utilizados de maneira mais eficiente e responsaveis”, disse.
O evento analisou o impacto dos projectos e programas do governo para o saneamento básico e higiene, bem como discutir boas práticas nacionais e internacionais, promovendo a recolha de contribuições e recomendações para melhoria da qualidade da despesa e eficácia dos investimentos no saneamento e Higiene em Angola. GIZ/JCB