Ndalatando - Duzentos e 91 ex-militares foram reintegrados em actividades produtivas, na província do Cuanza Norte, em 2021, contra 56 apoiados no ano anterior.
Os dados foram divulgados pela responsável do serviço provincial do Instituto de Reintegração Social dos Ex-militares (IRSEM), Ana Maria Feijó Caetano Bernardo, em declarações à ANGOP, tendo indicado que 96 beneficiaram de kits de comércio, moto-táxi, alfaiataria, serralharia, carpintaria, alvenaria e pastelaria e moagem, no quadro do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP), implementado pelas administrações municipais.
O IRSEM distribuiu também tractores, no âmbito do programa de reforço da inclusão produtiva dos ex-militares, associados em cooperativas agrícolas.
Ana Maria Bernardo fez saber que oito cooperativas beneficiaram de nove tractores com alfaias e reboques, para o incentivo à actividade agrícola.
Na província do Cuanza Norte existem 11 cooperativas agrícolas integradas por cerca de 450 ex-militares, que se dedicam ao cultivo da mandioca, milho, banana, batata-doce, hortícolas, citrinos, entre outros produtos, numa área de cerca de mil e 200 hectares.
Os equipamentos fazem parte de um lote de 500 tractores, a serem distribuídos às cooperativas agrícolas de ex-militares em todo o país, no âmbito de uma iniciativa do Presidente da República, João Lourenço, que visa o reforço da inclusão produtiva desta franja da sociedade.
Estão inscritos no IRSEM, no Cuanza Norte, três mil 981 ex-militares, desmobilizados ao abrigo dos acordos de paz de Bicesse, Lusaka e Luena, dos quais dois mil 722 foram reintegrados em projectos sócio-profissionais, desde o inicio do processo, em 2002.
Este ano, perspectiva-se a continuação da reinserção de ex-militares em projectos de inclusão social, com a entrega de kits de trabalho e tractores.
O IRSEM visa o apoio à reintegração sócio-económica e produtiva de ex-militares licenciados.