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Governador de Benguela desafia empresários a investirem na cadeia de valor do sal

     Economia              
  • Benguela • Terça, 12 Novembro de 2024 | 17h53
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Governador Provincial de Benguela, Manuel Nunes Júnior
Governador Provincial de Benguela, Manuel Nunes Júnior
José Honorio
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Produção de Sal no litoral de Angola
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Herlander Massaqui-ANGOP
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País está a caminhar para a auto-suficiência na produção de sal
País está a caminhar para a auto-suficiência na produção de sal
Frederico Herculano

Benguela – O governador provincial de Benguela, Manuel Nunes Júnior, desafiou, nesta terça-feira, os empresários para que aproveitem ao máximo as oportunidades de negócios da cadeia de valor do sal na região, com vista à criação de riqueza nacional.

Manuel Nunes Júnior lançou o repto aos empresários, no município da Baía Farta, por ocasião do início da construção da fábrica de soda cáustica, hipoclorito de sódio e ácido clorídrico, com uma capacidade de produção projectada para mais de três mil toneladas por mês.

No entendimento do governante, com essa fábrica, uma iniciativa do Grupo Adérito Areias (AA), abrir-se-ão outras oportunidades de negócios para outros empresários, interessados em fazer parte da cadeia de valor do sal.

Conforme disse, é uma cadeia que está a ser construída e que tem vários segmentos para que outros empresários participem.

“Esta é apenas o início do desenvolvimento desta grande cadeia logística que está a ser construida”, notou.

Sublinha ainda o impacto da construção da fábrica de soda cáustica, hipoclorito de sódio e ácido clorídrico, na Baía Farta, para desenvolver a indústria e diversificar a economia nacional.

Tanto que, segundo o governador de Benguela, estes produtos hoje são amplamente importados, com custos elevados para a balança de pagamentos do país.

“A produção dos mesmos no nosso país vai contribuir para a redução dessas importações e, ao mesmo tempo, criará muitos empregos directos e outros indirectos”, afirmou o governante.

Dessa forma, entende que esses produtos derivados do sal são de grande importância não só para o desenvolvimento da indústria nacional, como para o processo de diversificação da economia nacional.

Depois de elucidar as várias aplicações desses três produtos na produção de detergentes, papel e celulose, farmacêutica, indústria química e petroquímica, e tratamento de água, Manuel Nunes Júnior diz que a fábrica irá também contribuir na criação de riqueza nacional, com o pagamento de impostos.

No fundo, adiantou, o empreendimento industrial é de tal modo importante, que “vai participar no esforço que estamos a fazer para a diversificação da nossa economia”.

Apoio ao empresariado

Face às inúmeras potencialidades económicas da província de Benguela, Manuel Nunes Júnior afirmou que o dever dos governantes é o de criar as condições para que haja projectos de investimentos concretos.

O desafio, disse,é transformar essas potencialidades em projectos que sirvam para melhorar a vida dos cidadãos, criando riqueza nacional, aumentando o emprego e melhorando os salários, sobretudo para a juventude.

Por essa razão, garantiu que o Governo da Província de Benguela não medirá esforços para que  todo o apoio institucional seja dado a esta grande iniciativa do Grupo Adérito Areias.

Para o governador, o Grupo AA tem sido um importante parceiro para o desenvolvimento da região e uma referência inquestionável no contexto empresarial da província e no nosso país.

É por esse motivo que felicitou os promotores do projecto, almejando que mais iniciativas como esta surjam na província de Benguela, para o desenvolvimento e bem-estar da população.

Sobre a fábrica

A construção da fábrica deverá estar concluída dentro de 18 meses, numa área de cinco mil metros quadrados, com um financiamento que ronda os 27, 3 milhões de euros, sendo 24, 8 milhões de euros suportados pela linha de crédito do Deutsche Bank da Alemanha.

Para além disso, o Grupo Adérito Areias (AA), promotor do projecto, também dispendeu mais de três milhões de dólares com recurso a fundos próprios.

Depois da conclusão, a fábrica, que prevê criar 45 postos de trabalho directos e cerca de mil indirectos, vai contar com uma produção diária de 12 toneladas de soda cáustica, 66 toneladas de hipoclorito de sódio, vulgarmente conhecido como lixívia, e 25 toneladas de ácido clorídrico. JH/CRB 

 

 





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