Ndalatando – O Serviço Penitenciário está a trabalhar na criação de condições para a construção da primeira cadeia de segurança máxima do país, para albergar criminosos altamente perigoso, informou hoje, quarta-feira, em Ndalatando, província do Cuanza Norte, o porta-voz da instituição, Menezes Cassoma.
Menezes Cassoma prestou tal informação à margem da visita de 24 horas que o director geral do Serviço Penitenciário, Bernardo do Amaral Gourgel, efectua ao Cuanza Norte, com o objectivo de constatar o grau de funcionamento das estruturas locais do sector.
Segundo aquele responsável, actualmente o país não dispõe de nenhum estabelecimento prisional de segurança máxima.
Referiu que a futura cadeia de segurança máxima vai ser construída na província do Cuanza Norte, onde já decorrem, desde o mês passado, trabalhos de avaliação do local onde será erguido o empreendimento.
O estabelecimento vai ter uma capacidade de acomodação de mil e 500 presos, com alas para reclusos em regime aberto e semi-aberto, mais a prioridade vai para o regime fechado.
Paralelamente a esta cadeia serão também construídas outras alas para descongestionar a única unidade penitenciária do Cuanza Norte, concebida para 226 reclusos e que alberga actualmente 529 presos, mais 303 da sua capacidade instalada.
Sem avançar os custos das obras, Menezes Cassoma disse que as mesmas devem arrancar tão logo seja concluído os estudos técnicos em curso.
Indicou que o projecto tem já garantido os recursos financeiros para a sua implementação do projecto.
O país conta com 40 estabelecimentos prisionais.
O director geral do Serviço Penitenciário, Bernardo Pereira do Amaral Gourgel iniciou esta quarta-feira, uma visita de trabalhos de 24 horas à província, no âmbito de um périplo que inclui a província de Malanje, para avaliar as condições técnicas e humanas das estruturas locais do sector.
No Cuanza Norte, o responsável manteve já encontros separados com o delegado provincial do Interior, António da Conceição Neto, e responsáveis dos órgãos locais que intervêm na administração da justiça, com os quais abordou a actual situação do sector.