Luanda – As centrais sindicais vão continuar a lutar por maior dignidade dos trabalhadores angolanos, disse esta quinta-feira, em Luanda, o porta-voz das centrais sindicais, Teixeira Cândido.
O sindicalista falava durante uma conferência de imprensa que serviu para explicar o consenso entre o Governo e as Centrais Sindicais, alcançado na última terça-feira.
No quadro das negociações, as partes assinaram um acordo relativamente ao aumento salarial faseado, em 25 por cento anualmente, a vigorar a partir de 2025, assim como um salário mínimo nacional de 70 mil kz.
O acordo trienal deverá vigorar até 2027 e resulta da aglutinação das questões estruturantes apresentadas pelas centrais sindicais.
Segundo Teixeira Cândido, as pessoas devem entender que as reivindicações não se cingiram apenas sobre o salário mínimo nacional.
"Teremos a presença de um sindicalista no conselho fiscal do Instituto Nacional de Segurança Social, um desagravamento do Imposto sobre o Rendimento de Trabalho, e tantos outros pontos resolvidos", explicou.
Teixeira Cândido lembrou que os pontos reivindicativos não se esgotam em apenas uma ou mais reuniões.
Por isso, prosseguiu o sindicalista, vamos continuar a trabalhar nos outros pontos e “se até 2026 não serem resolvidos, ai sim poderemos voltar a greve”.
Quanto ao Imposto sobre o Rendimento de Trabalho (IRT), o porta-voz fez saber que o Governo tem noventa dias para tratar do mesmo.
As três centrais sindicais do país, designadamente a Força Sindical, a UNTA-Confederação Sindical e a Central Geral dos Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSSILA), reivindicavam aumento salarial na Função Pública, aumento do salário mínimo nacional, redução do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho (IRT) e participação na gestão do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). LIN/OHA