Lobito - O Grupo Anseba, dono da rede de supermercados Kero, e a Carrinho Indústria assinaram, esta sexta-feira, em Benguela, dois contratos para industrialização de produtos da cesta básica.
De acordo com o director-executivo (CEO) da Carrinho Indústria, Décio Catarro, o primeiro contrato é sobre a transformação de óleo cru de palma, girassol e soja.
O segundo refere-se à transformação de milho e trigo para os seus derivados, nomeadamente massa, farinha e fuba.
Os referidos contratos terão a duração de um ano renováveis e entrarão em vigor no dia 01 de Novembro próximo.
Em relação às quantidades, Décio Catarro disse não haver uma definição concreta, mas revelou as capacidades da Carrinho Industria em termos de produção de óleos, que ronda as 800 toneladas dia.
"Temos duas refinarias que produzem mais de 800 mil litros de óleo em embalagens de 250 ml, um e cinco litros. A partir de Fevereiro do próximo ano, vamos encher jarricans de 10 e 25 litros", afirmou.
Quanto ao trigo, falou em 1.900 a 2000 toneladas e o milho em 800 toneladas dia.
Assegurou que o pais já tem uma capacidade instalada que pode colocar a importação desse produto em segundo plano.
"A capacidade total anual da Carrinho Industria é de 1,5 milhões de toneladas de produtos da cesta básica e seus derivados", infirmou.
Fez questão de afirmar que a capacidade de produção não está apenas em Benguela, com o Grupo Carrinho, porque existem outras indústrias que fazem com que o país, daqui a meia duzia de anos, seja capaz de fazer uma transformação total", afirmou.
Por seu turno, o representante do Grupo Anseba, o advogado Mário Arão, afirmou que a sua empresa está entre os três maiores importadores de produtos da cesta basica em Angola. "Vamos importar as matérias-primas para serem transformadas na Carrinho Indústria, com a chancelaria da sua marca.
"O nosso foco é o mercado nacional", afirmou, dando como exemplo a quantidade de produtos expostos nas lojas da empresa no mercado nacional.
O Grupo Anseba, de direito angolano, conta com doze lojas do Kero espalhados pelas provincias de Luanda, Benguela, Huila e Huambo, com mais de dois mil postos de trabalho.
Em África, além de Angola, esta também representada no Zimbabwe e na Etiópia. TC/CRB
