Luanda – O nacionalista e docente universitário Carlinhos Zassala considerou a Independência Nacional a maior conquista dos angolanos, depois de inúmeras dificuldades vividas na época e da perda de muitas vidas.
Em declarações à ANGOP, a propósito do 49.º aniversário da Independência Nacional, celebrado esta segunda-feira, o psicólogo de 78 anos de idade sublinhou que muitos perderam a vida “por amor à pátria”.
O também antigo combatente, desde os 15 anos de idade, contou ainda que os conflitos vividos naquele tempo devastaram o país e causaram a destruição de infra-estruturas, algo que não gostaria de voltar a viver “nunca mais”.
O nacionalista, com passagem pelo Zaíre, actual República Democrática do Congo (RDC), em 1975, para a conclusão da sua formação académica a nível de licenciatura, recordou que a proclamação da Independência de Angola foi celebrada em todos os países onde residiam angolanos.
"Nós, os estudantes angolanos, realizamos uma festa para celebrar a data histórica", enfatizou, ressalvando, contudo, que foi prazeroso regressar ao país depois da Independência.
Disse ter voltado ao país, em 1977, “com muita alegria” e licenciado para contribuir para o desenvolvimento do país.
A sua visão é partilhada pela anciã Leopoldina Pedro, de 92 anos de idade, que também considera que a Independência e a paz devem ser celebrados com júbilo.
Para Leopoldina Pedro, a guerra fragilizou muitas famílias, mas que foi prazeroso ver o país livre dela.
"Ficamos satisfeitos, porque todos foram embora, não parávamos de gritar, conseguimos a nossa independência", frisou.
A anciã apela às autoridades para considerar mais os antigos combatentes e veteranos da pátria, por todos os esforços que fizeram pela conquista do país.MEL/SEC