Catumbela – O primeiro Centro de Acção Social Integrado (CASI) foi inaugurado sexta-feira, no município da Catumbela, província de Benguela, com capacidade para 300 utentes/dia.
O centro, aberto pela ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Alves, no âmbito de um projecto nacional do sector, face ao programa de combate à pobreza, tem sete salas de atendimento, estando vocacionado a prestar serviços de saúde, registo civil e criminal, defesa dos direitos das crianças nas comunidades, entre outros.
Com sete áreas específicas, com destaque para gabinetes de acção social, da justiça, saúde, administração e da comunidade local, a infra-estrutura, cuja construção havia gerado pelo menos 18 postos de trabalho, foi erguida num prazo de seis meses, na comuna piscatória da Praia do Bebé, na Catumbela.
Discursando na ocasião, a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher destacou a importância do empreendimento, por facilitar o acesso das comunidades mais carenciadas aos serviços sociais básicos.
Segundo a ministra Faustina Alves, trata-se de uma estrutura com impacto social e que está a ser construída em alguns municípios do país, embora, porém, reconheça que o ideal seria construir estes centros em todos os 164 municípios do país,
Porém, frisou que o actual contexto decorrente da crise económica faz com que só alguns municípios tenham sido contemplados, ou seja, o projecto do ministério apenas prevê dois centros para cada uma das 18 províncias.
Desta forma, explicou que todos os cidadãos com carências sociais prementes e com necessidade de apoio deverão acorrer ao CASI para serem cadastrados, de modo que possam merecer apoio por parte das instituições públicas afins.
Para a governante, se algum cidadão tiver problemas de saúde e precisar de ser evacuado para a capital [Luanda], a Acção Social e a Saúde "entrarão em jogo" através do CASI.
Entretanto, apontou como outra vantagem do CASI a possibilidade de agregar os serviços de Justiça para efectuar o registo civil e criminal das crianças, tendo em vista o seu acesso ao sistema normal de ensino.
Ainda de acordo com a ministra, o centro poderá também aferir o grau de malnutrição das crianças a nível das famílias, bem como o défice de habitação e dos serviços de água potável e energia e, com isso, arranjar formas de reverter o cenário, no quadro do programa de combate à pobreza nos municípios.
Depois da Catumbela, o município de Benguela e, nomeadamente, a comunidade da Cambangela, deverá beneficiar nos próximos tempos daquele que será o segundo centro do género na província, cujas obras estão já em curso.