Ondjiva- O secretário de Estado para Saúde Pública, Carlos Alberto de Sousa, reafirmou esta sexta-feira, na província do Cunene, a aposta do Executivo angolano, no reforço da cobertura vacinal contra a poliomielite em crianças menores de cinco anos.
Falando no acto de lançamento da segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Pólio, que decorre de 13 a 16 deste mês, lembrou que Angola não estará livre da pólio se qualquer um dos municípios não atingir a meta de 95 por cento de crianças menores de cinco anos vacinadas.
Para tal, disse que o ministério programou a segunda ronda da vacina quatro semanas depois da primeira, de modo a travar a circulação do vírus, aumentando a imunização, para que nenhuma criança em Angola sofra de paralisia à poliomielite.
O secretário de Estado acrescentou que apesar do alcance de altas taxas de cobertura alcançadas na primeira fase, pesquisas revelaram a existência de alguns bairros e aldeias rurais que não foram completamente vacinadas, daí a responsabilidade de colmatar lacunas.
Carlos de Sousa disse que a segunda ronda de vacinação nacional reflectem o princípio de que manter a qualidade de vacinação e alcançar os objectivos da protecção do país contra poliomielite
“Esta segunda ronda é uma oportunidade para demonstrar o compromisso político assumido pelo governo angolano com a saúde e o bem-estar infantil, pelo que, pedimos o envolvimento das autoridades tradicionais, líderes religiosos e toda a sociedade civil para o sucesso da mesma”, sustentou.
Entretanto, fez saber que durante a primeira fase decorrida entre os dias 8 a 11 de Setembro, o país imunizou 5.6 milhões de crianças, fruto do trabalho incansável de oito mil equipes de vacinação e 2.500 supervisores que, superando desafios conseguiram alcançar as áreas mais remotas.
Por seu turno, a directora Nacional de Saúde Pública, Helga Freitas, afirmou que para se manter a conquista de erradicação da poliomielite e evitar o seu ressurgimento em Angola, serão imunizadas 5.4 milhões de crianças dos zero aos cinco anos de idade.
Helga Freitas disse que a planificação da segunda fase vai permitir aumentar o nível imunitário das crianças com uma dose suplementar de reforço, assim como o reforço da vigilância epidemiológica mediante a realização de acções de buscas activa de casos suspeitos de paralisia flácida aguda nas comunidades.
A par da pólio, disse que serão administradas a vitamina A, nas províncias de Luanda e da Huíla que não o fizeram na primeira fase.
A campanha vai contar com o envolvimento de 45 mil e 645 técnicos, enquadrados em nove mil e 52 equipas de vacinação, três mil 367 supervisores nacionais mobilizadores, vacinadores e monitoria, 218 assessores nacionais e provinciais e 208 logísticos.
Já o vice-governador do Cunene para o sector Económico, Politico e Social, Apolo Ndinoulenga, pediu o envolvimento da sociedade na mobilização da população, para que à campanha que será feita de casa em casa, nas unidades sanitárias e postos avançados montados nos bairros para alcançar altas taxas de vacinação.
Apolo Ndinoulenga lembrou que o Cunene, no contexto das demais províncias, tem suas particularidades onde grande parte da população reside no meio rural com características peculiares e de difícil acesso.
A Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contacto directo com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não paralisia. FI/LHE/ART