Doha (Dos enviados especiais) - A Embaixada de Angola no Qatar recebeu, nesta segunda-feira, a visita da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, que está em Doha a participar na 5ª Conferência das Nações Unidas sobre os Países Menos Avançados, em representação do Chefe de Estado, João Lourenço.
Esperança da Costa percorreu e observou os diferentes lugares das instalações da Missão Diplomática no país asiático, situado na Península Arábica, inauguradas pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, no dia 22 de Fevereiro deste ano.
No final da visita, o embaixador António Ramos da Cruz transmitiu à imprensa o sentimento da Vice-Presidente de que a abertura da missão diplomática foi uma boa opção, em termos de dignidade de representação do país neste Estado asiático.
Sobre as relações bilaterais, saliente-se que o Presidente da República, João Lourenço, efectuou, em 2019, uma visita oficial ao Qatar, tendo consolidado o nível de relações com a assinatura de vários acordos que estão a ser implementados.
António Ramos da Cruz, nomeado há sensivelmente um ano, referiu que os acordos de Cooperação Bilateral assinados são, fundamentalmente, nos sectores dos transportes, recursos minerais, aéreo, que culminou com a abertura da linha de Qatar para Luanda.
Realçou também os instrumentos rubricados sobre supressão de vistos em Passaportes Diplomático e de Serviço, o relativo à Protecção Recíproca de Investimentos e outros ainda em negociação.
O chefe da Missão Diplomática no Qatar fez saber que existe uma pretensão antiga de empresários deste emirado investirem em Angola, e lembrou o acordo relativo ao comércio, concretamente o das câmaras de comércio, que vai ser reactivado.
“Neste sentido, o que estamos a fazer é dinamizar as intenções existentes entre os dois países”, esclareceu.
De acordo com o diplomata, o Qatar já esteve em Angola a tentar determinados procedimentos de investimentos públicos, pelo que o próximo passo será continuar a atrai-los.
Quanto à existência, ou não, de uma comunidade angolana no emirado, disse haver compatriotas,fundamentalmente em serviço, pois não há conhecimento de imigrantes, além de cidadãos sob regime de contrato de trabalho.
“Temos (por exemplo) o futebolista Gerson Dala, mas a maior parte dos angolanos cá estão no sector do petróleo e gás (…) e alguns na Qatar Airways”, afirmou. ADR/AL