Mbanza Kongo – Dois anos depois, a fronteira entre Angola e a República Democrática do Congo (RDC) que se encontrava encerrada devido à pandemia da Covid-19 foi reaberta esta terça-feira.
O acto da reabertura decorreu no posto fronteiriço do Lufu (RDC) e foi co-presidido pelo ministro do Interior de Angola, Eugénio Laborinho, e pelo vice-primeiro ministro, ministro do Interior, Segurança, Descentralização e Assuntos Costumeiros da RDC, Daniel Asselo Okito Wankoy.
A cerimónia contou com a presença dos governadores das províncias fronteiriças de Angola com a RDC e marcou a reabertura oficial de todos os postos fronteiriços existentes ao longo dos dois mil e 511 quilómetros que separam os dois países.
Na ocasião, o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, disse que com este acto, a circulação de pessoas e mercadorias para ambos os lados da fronteira volta à normalidade.
Acrescentou que a medida surge para dar cumprimento à orientação do Presidente da República, João Lourenço, de modo a acabar com a aflição da população de ambos os países que dependem do comércio transfronteiriço para a sua sobrevivência.
Por sua vez, o vice-primeiro ministro, ministro do Interior, Segurança, Descentralização e Assuntos Costumeiros da RDC, Daniel Asselo Okito Wankoy, pediu às populações residentes ao longo da fronteira e não só, no sentido de colaborarem com as equipas de vigilância epidemiológica dos dois países para o devido controlo sanitário nos postos fronteiriços.
Lembrou que a Covid-19 ainda persiste, pelo que apelou para que os feirantes respeitem as medidas de biossegurança, durante as trocas comerciais.
Desejou que esse intercâmbio comercial continue a ser feito num clima de irmandade e amizade que caracterizam as relações históricas e de consanguinidade entre os povos de Angola e da RDC.
A delegação angolana esteve integrada pelos governadores ou representantes das províncias do Zaire, Uíge, Lundas Norte e Sul, Malanje e Moxico.
Fizeram ainda parte da comitiva, secretários de Estado das Relações Exteriores e da Saúde para a área hospitalar, altas chefias do ministério do Interior, entre outras individualidades.
O posto fronteiriço do Luvo, dista a 60 quilómetros a Norte da cidade de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire.
A fronteira do Luvo é considerada uma das mais movimentadas do país. Antes do seu encerramento, servia de fonte de sustento de muitas famílias.