Luanda- O Presidente da República, João Lourenço, anunciou, este sábado, em Luanda, que Angola conta, actualmente, com mais de 33 mil camas hospitalares.
Segundo o Chefe de Estado, que falava na Sessão Solene de Abertura da nova legislatura, o país registou avanços significativos no sector, entre 2017 e 2022.
João Lourenço destacou ainda a contratação de 33 mil 093 profissionais de saúde, 35 por cento do total da força de trabalho do serviço de saúde, na sua marioria jovens, colocados ao dispor do sector primário.
Na sua Mensagem sobre o Estado da Nação, destacou os investimentos do Executivo para travar a propagação da Covid-19, e reconheceu o empenho de todos os profissionais da Saúde envolvidos nessa árdua luta.
Para os próximos cinco anos, João Lourenço avançou que a previsão é a construção de 205 novas unidades dos três níveis de assistência.
Entre as unidades destacou os hospitais gerais de Caxito (Bengo), de Ndalatando (Cuanza Norte), Sumbe (Cuanza Sul), Ondjiva (Cunene), Dundo (Lunda Norte), Uíge, Mbanza Kongo (Zaire), Malanje, Viana (Luanda), Cacuaco (Luanda), Materno-Infantil Benguela e da Huíla, Catumbela (Benguela), Bailundo (Huambo), Pediátrico do Huambo e o Serviço Nacional de Oncologia.
O Estadista apontou ainda o alargamento dos serviços de hemodiálise em todas as províncias do país, bem como a realização de concursos públicos de ingresso até 2024.
Dados do governo dão conta de que, para aumentar o acesso aos serviços de saúde, foram construídas, entre 2018 e 2021, 68 novas unidades sanitárias nos três níveis de atenção.
Isso gerou um acréscimo do número de camas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), de 24.382, em 2019, para 29.912, em 2021, particularmente no nível primário de atenção.
Desde 2020, o país registou a entrada em funcionamento de várias unidades sanitárias, entre postos e centros de saúde, hospitais municipais, hospitais gerais, centros de hemodiálise e, ultimamente, centros de tratamento da Covid-19.
Entre as unidades, destacam-se o Hospital e a Maternidade Provincial da Lunda Sul, com 150 camas cada, o Banco de Urgência do Hospital Geral do Bengo, com 35 leitos, o Centro Sol de Hemodiálise de Luanda, com 70 monitores para 560 pacientes e o de Cabinda, com 42 monitores para 336 pacientes.
Nasceram ainda, nesse período, os hospitais de campanha para tratamento da Covid-19 nas províncias de Luanda, Cunene, Cabinda, Lunda Norte, além dos laboratórios de biologia molecular no Dundo (Lunda Norte), Huambo e Uíge, o novo depósito de vacinas e a fábrica de Oxigénio do Hospital Geral do Cuanza Sul.
Os dados demonstram que, no interior do país, 54 novas unidades sanitárias entraram em funcionamento desde 2017, nas províncias do Bié (2), Bengo (3), Cunene (7), Uíge (3), Cabinda (2), Huíla (20, Lunda Norte (3) e Zaire (4).
O Governo angolano reabilitou e ampliou o Complexo Hospitalar Cardio-Pulmonar (Ex-Hospital Sanatório de Luanda), além do Instituto Hematológico Pediátrico Dra Victória do Espírito Santo.
O SNS é constituído por perto de duas mil unidades, das quais se destacam oito hospitais centrais, 32 hospitais provinciais ou gerais, 228 hospitais municipais e centros de saúde e 1.453 postos de saúde.
A assistência de saúde em Angola é complementada com o sector privado, que regista 319 clínicas em todo o país. Actualmente, o sector possui 6.400 médicos, nos segumentos público e privado.
A intervenção do Presidente da República no Parlamento obedeceu a um imperativo legal, que se iniciou depois da entrada em vigor da Constituição, em 2010.
Nos termos da Constituição (artigo 118), o Chefe de Estado dirige ao país, na abertura do Ano Parlamentar, na Assembleia Nacional (a 15 de Outubro), uma mensagem sobre o Estado da Nação e as Políticas preconizadas para a resolução dos principais assuntos, promoção do bem-estar dos angolanos.