Mbanza Kongo – A Estratégia de Longo Prazo- Angola 2050, considera o sector privado, como "motor" do crescimento e desenvolvimento económico do país, diferente da anterior, 2020/2025, que reservava este papel ao Estado.
A afirmação é do secretário de Estado para a Economia, Ivan Emanuel Marques dos Santos, feita esta sexta-feira, em Mbanza Kongo, província do Zaire, na abertura do acto de auscultação e consulta pública sobre este documento programático.
Considerou a Angola 2050 como um instrumento central do Sistema Nacional de Planeamento, com uma visão de desenvolvimento e crescimento económico de longo prazo, como resultado da revisão da anterior, Angola 2025.
Apontou cinco eixos que estiveram na base da elaboração da nova estratégia, nomeadamente o investimento no capital humano, nas infra-estruturas nos domínios da energia, estradas, telecomunicações e outras, assim como a diversificação da economia nacional.
A utilização racional dos recursos naturais de que o país dispõe, de modo a atender as futuras gerações, o direito de oportunidades iguais complementam os referidos eixos que nortearam a elaboração da estratégia de longo prazo, segundo o responsável.
Para se garantir a sua plena e exitosa implementação, o secretário de Estado para a economia alencou três princípios que foram observados pra a sua elaboração, designadamente o de fácil monitorização, busca de uma coerência económica e financeira , assim como o da necessidade de uma maior articulação entre os sectores ministerais intevenientes.
Na ocasião, apelou aos participantes para contribuirem para o enriquecimento deste instrumento, independentemente das suas convicções político-partidárias.
Por sua vez, o vice-governador do Zaire para o sector político, social e económico, Afonso Nzolameso, considerou o acto de consulta como soberana oportunidade para que em conjunto se trace o futuro, definindo acções prioritárias em função das necessidades e das condições específicas de cada província.
Disse ser difícil definir prioridades de desenvolvimento para uma província como o Zaire, rica em recursos naturais e minerais, com abundantes terras aráveis e bacia hidrográfica propícias para a prática da agricultura intensiva.
Na visão do vice-governador, a formação de quadros é, de facto, prioridade das prioridades para a região, com destaque para as ciências sociais e humanidades, como História, Arqueologia, Antropologia , Sociologia e outras afins, para atender as necessidades locais.
A construção de vias de comunicação para ligar as diferentes localidades da província, do mercado fronteiriço do Luvo, em Mbanza Kongo, visando o aumento das receitas fiscais, também constam das prioridaes para o Zaire, segundo Afonso Nzolameso.
Referiu que, o Governo do Zaire continua a apelar ao investimento privado na região, no sentido de explorar as potencialidades existentes, gerar emprego e criar renda e riqueza para a população local.
Desejou aos presentes um debate que permita aportar ao documento sugestões, opiniões e ideias valiosas que espelham a actual realidade da província e a visão daquilo que se espera para os próximos 27 anos, no âmbito da implementação desta estratégia Angola 2050, no país.
Participaram da consulta pública, membros do Governo Provincial, administradores municipais, académicos, representantes de organizações da sociedade civil, de partidos políticos com assento na Assembleia Nacional, entidades religiosas e tradicionais, entre outros. PMV/JL