Luanda - O antigo Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, apelou, este domingo, em Luanda, aos partidos políticos para confiarem nos órgãos eleitorais e esperarem os resultados da votação com calma.
Chissano, que se encontra em Angola na qualidade de observador das eleições gerais da próxima quarta-feira, disse à imprensa que todos devem aceitar os resultados das eleições, mesmo que não concordem com eles, para manter a unidade e a paz e propiciar o progresso de Angola.
"O país precisa que estejam todos juntos. Não é só aceitar os resultados, é começar uma nova vida em conjunto com os outros e esperar uma nova oportunidade", exortou, no final de um encontro de cortesia com o presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Manuel Pereira da Silva..
Durante o encontro, os dois interlocutores falaram sobre a prontidão da CNE e a educação cívica e eleitoral, entre outros assuntos.
Seminário sobre observação eleitoral
A CNE realizou, este domingo, um seminário para os chefes das missões de observação nacionais e internacionais, em que foram apresentadas as normas e princípios que regulam a observação de eleições em Angola.
Os conteúdos do seminário tiveram como base o pacote legislativo eleitoral e o regulamento sobre o reconhecimento e a acreditação dos observadores.
Temas como "A CNE e os seus órgãos locais no quadro da realização das eleições gerais", "A observação eleitoral à luz da legislação angolana" e "O Código de Conduta Eleitoral" foram abordados no evento.
Na abertura dos trabalhos, o presidente da CNE disse que o seminário tinha como propósito dotar aos observadores de conhecimentos sólidos sobre princípios e regras que regem a observação de eleitoral no país.
Esclareceu que em Angola o processo eleitoral obedece a três fases essenciais, nomeadamente a pré-eleitoral, eleitoral e pós-eleitoral.
Angola realiza na próxima quarta-feira as suas quintas eleições, para as quais foram inscritos 14 milhões 399 mil de eleitores, 22 mil 560 dos quais residentes no exterior, distribuídos por 25 cidades de 12 países de África, Europa e América do Sul.
Disputam o pleito os partidos políticos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, PHA e P-NJANGO e a coligação partidária CASA-CE.