Luanda – A atenção à criança e ao ensino superior dominaram, esta quinta-feira, os encontros da vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, com responsáveis do Conselho das Igrejas Cristãs em Angola (CICA), Deolinda Dorcas, e da Igreja Evangélica Sinodal, Dinis Marcolino.
Após a audiência a si concedida, Deolinda Dorcas disse à imprensa ter partilhado com a vice-presidente do MPLA a necessidade de uma agenda nacional integrada para a promoção dos direitos e deveres da criança, por serem o presente e o futuro do país.
Disse constatar-se, em algumas províncias, com destaque para as de Benguela e Zaire, falta de orientação aos petizes a ponto de se tornarem violentos, com cenas de brigas no interior de salas de aulas e até de igrejas.
"Temos estado a trabalhar" na mobilização e sensibilizado das famílias em prol da crianças, para evitar "a construção de uma sociedade delinquente", afirmou Deolinda Dorcas.
A responsável do CICA considerou necessário incutir valores morais, cívicos, patrióticos e religiosos nas crianças.
O bispo da Igreja Evangélica Sinodal de Aangola (IESA), Dinis Marcolino Eurico, por seu turno, afirmou ter apelado à advocacia da vice-presidente do MPLA para a legalização de alguns cursos a ministrar pelo Instituto Superior Politécnico no Lubango (Huíla).
Dínis Eurico disse que apesar de, supostamente, atender às exigências do órgão regulador do ensino superior em Angola, o instituto pertencente à igreja, ministra apenas o curso de sociologia, um dos sete a que se propunha ensinar.
Referiu que o instituto politécnico funciona desde 2012, mas reconhecido em 2017, e que poderia contribuir para a formação de inúmeros cidadãos.
“É preciso excelência, mas o país tem várias assimetrias que obrigam a combinar a qualidade e a sensibilidade, para travar o êxodo de jovens para Luanda”, referiu.
Queixou-se da falta de diálogo para a procura de pontos comuns.
O responsável da Associação dos antigos estudantes angolanos em Cuba, Agostinho Narciso, enalteceu o apoio prestado pelo MPLA e sociedade às vítimas dos furações ocorridos no ano passado, na ilha caribenha e países da região.
Informou que o nível de solidariedade permitiu angariar mais de duzentas toneladas de bens não perecíveis e medicamentosos para acudir os sinistrados.
Adiantou haver ainda bens por levar a Cuba, mesmo depois de dois voos mobilizados no âmbito da campanha de solidariedade.
Agostinho Narciso prometeu continuar a desenvolver campanhas de solidariedade a nível nacional e promover o agro-negócio.