Adis Abeba- Angola depositou, na segunda-feira, na sede da União Africana (UA), a carta de adesão ao Acordo de Constituição da Agência Seguradora do Comércio em África (ITA) e o instrumento de ratificação da Carta Africana de Estatística.
Os dois instrumentos jurídicos foram entregues no Gabinete Jurídico da União Africana (UA), em Adis Abeba, Etiópia, pelo Representante Permanente de Angola junto da UA, Francisco José da Cruz.
A ATI é uma instituição financeira multilateral que fornece seguros de crédito à exportação, de risco político, de investimento e outros produtos financeiros para ajudar a reduzir os riscos e custos de negócios em África.
Criada em 2001 por sete países do Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA) com o apoio técnico e financeiro do Banco Mundial (BM), a ATI facilita as exportações, o investimento directo estrangeiro (IDE) e os fluxos comerciais dentro do continente.
A afiliação à ATI permitirá que Angola atraia financiamentos de longo prazo a taxas competitivas, enquanto os empresários angolanos passarão a beneficiar mais facilmente de seguros de crédito, do risco político, da cobertura contra a insolvabilidade e da protecção do investimento.
A ATI é um provedor de garantia de seguro altamente conceituado e respeitável nos mercados internacionais, nomeadamente na mobilização de recursos financeiros destinados nomeadamente a reduzir o custo das transações e a cobrir os riscos políticos e crédito comercial em África.
Já a Carta Africana de Estatística é um instrumento jurídico que define os princípios que regem a actividade das instituições responsáveis pela recolha, produção, divulgação e análise das estatísticas públicas a nível nacional, regional e continental em África, bem assim como as regras de conduta ética e profissional dos estatísticos africanos.
Esta Carta, que foi adoptada em Fevereiro de 2009 e entrou em vigor em Fevereiro de 2015, pretende servir como um quadro político para o desenvolvimento de estatísticas em África, de forma a garantir uma melhor qualidade e comparabilidade das estatísticas necessárias para monitorizar o processo de integração económica e social no continente.