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Surto de Covid-19 obriga China a enviar militares para Xangai

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  • Luanda • Segunda, 04 Abril de 2022 | 09h22
Ilustração do  Covid-19
Ilustração do Covid-19
Divulgação

Pequim - A China enviou mais de 10.000 profissionais de saúde de todo o país para Xangai, incluindo 2.000 médicos militares, para combater um surto de covid-19 que se alastrou rapidamente pela maior cidade da China.

A cidade está hoje a realizar a testagem em massa dos seus 25 milhões de habitantes.


Embora muitas fábricas e empresas financeiras tenham conseguido continuar a operar, isolando os seus funcionários, o bloqueio da 'capital' financeira da China e importante centro de transporte e fabrico deve ter um impacto económico significativo para o país.


A altamente contagiante variante Ómicron BA.2 está a testar a capacidade da China de manter uma política de 'zero casos', que visa extinguir as cadeias de transmissão assim que os primeiros casos são detectados.


Xangai converteu um centro de exposições e outras instalações em enormes centros de quarentena, onde pessoas com sintomas leves ou sem sintomas são alojadas, em camas separadas por divisórias temporárias.


A China relatou, nas últimas 24 horas, mais de 13.000 novos casos em todo o país, entre os quais quase 12.000 são assintomáticos. Cerca de 9.000 dos casos foram diagnosticados em Xangai.


O jornal oficial em língua inglesa China Daily noticiou que quase 15.000 trabalhadores médicos das províncias vizinhas de Jiangsu e Zhejiang partiram hoje de autocarro para Xangai.


Mais de 2.000 militares do Exército, Marinha e forças conjuntas de apoio logístico chegaram já no domingo à cidade, informou a imprensa oficial.
Pelo menos quatro outras províncias também enviaram médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde para Xangai.


A maioria das lojas e outros negócios em Xangai estão fechados, mas grandes fabricantes, incluindo a General Motors Co. e a Volkswagen AG, disseram que as suas fábricas ainda estão a operar.


A VW reduziu a produção devido a uma interrupção no fornecimento de peças.


As empresas que continuaram a operar estão a implementar estratégias de "circuito fechado", que isolam os funcionários de fora.
Milhares de correctores de acções e outros funcionários do sector financeiro estão a dormir nos seus escritórios, de acordo com o jornal Daily Economic News.


Três em cada cinco empresas estrangeiras com operações em Xangai dizem ter cortado as previsões de vendas para este ano, de acordo com uma pesquisa, realizada na semana passada pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos em Xangai.

 





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