Texas - O número de mortos na tragédia de migrantes encontrados mortos num atrelado de um camião em San Antonio, no estado norte-americano do Texas, subiu para 53, adiantaram hoje os serviços de imigração dos Estados Unidos, citado pela Lusa.
Outras 11 pessoas encontravam-se ainda hospitalizadas na região, acrescentaram, sem especificar o seu estado de saúde.
Um relatório de terça-feira havia anunciado 51 mortos, dos quais, 39 eram homens e 12 mulheres.
Das 53 vítimas, 27 são do México, 14 das Honduras, sete da Guatemala e duas de El Salvador, disse o chefe do Instituto Nacional de Migração do México, Francisco Garduno. Três pessoas ainda não foram identificadas.
Na segunda-feira, 46 pessoas foram encontradas mortas dentro de um atrelado de um camião no sudoeste de San Antonio. A polícia encontrou o camião numa estrada remota, perto da base aérea de Lackland.
As pessoas que seguiam no atrelado fariam parte de uma alegada tentativa de contrabando de migrantes para os Estados Unidos, disse o chefe de polícia William McManu, acrescentando que pelo menos três pessoas estão sob custódia policial, embora não seja claro se estão ligadas a este caso.
De acordo com a imprensa local, citada pela agência de notícias EFE, a área onde o camião foi encontrado é um local onde os veículos param para descarregar os migrantes depois de atravessar ilegalmente a fronteira. As temperaturas em San Antonio atingiram 40º Celsius, na segunda-feira.
As autoridades disseram acreditar que o condutor do camião terá abandonado o veículo com todos os passageiros no interior poucos minutos antes da polícia chegar ao local.
Esta poderá ser já a travessia ilegal de migrantes do México para os Estados Unidos com o maior número de vítimas mortais das últimas décadas, referiu a agência de notícias Associated Press.
Dez migrantes perderam a vida em 2017, depois de terem ficado presos dentro de um camião estacionado num estabelecimento da cadeia comercial Walmart, em San Antonio.
Também em 2003, 19 emigrantes foram encontrados mortos num camião a sudoeste de San Antonio.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu na terça-feira o reforço na luta contra "uma indústria criminosa que fabrica vários milhares de milhões de dólares".