Kiev - A Rússia vai enviar em 2023 mais de 80 por cento das exportações de petróleo e de 75% dos seus derivados para "países amigos", afirmou o vice-primeiro-ministro russo, Alexandr Novak, num artigo publicado hoje.
"No ano em curso, está previsto enviar para países amigos mais de 80% das exportações de petróleo bruto e 75% das exportações de derivados de petróleo", disse Novak num texto divulgado na revista "Energueticheskaya Politika", responsável também pelo sector energético da Rússia.
Ao mesmo tempo, Novak sublinhou que a posição da Rússia em relação aos Estados que apoiam as "restrições ilegítimas" de preços impostas ao petróleo russo "permanece inalterada".
A 05 de Dezembro de 2022 entrou em vigor o embargo da União Europeia (UE) ao petróleo proveniente da Rússia por via marítima, medida que coincidiu com a imposição por Bruxelas, pelo G7 e pela Austrália de um preço máximo de 60 dólares (56 euros) o barril de crude russo.
Além disso, a 05 deste mês, a UE, o G7 e a Austrália também começaram a aplicar preços máximos aos produtos petrolíferos russos -- 100 dólares (93,6 euros) por barril para gasóleo e 40 dólares (37,5 euros) por barril para outros derivados.
Novak lembrou que, em 2022, a Rússia extraiu 535,2 milhões de toneladas de petróleo, mais 02% que em 2021, e que as exportações de petróleo aumentaram 7,6%, totalizando 272 milhões de toneladas.
O vice-primeiro-ministro russo destacou que, em 2022, foi concretizado o projecto para aumentar a capacidade de transporte para o porto de Kozmino, no Extremo Oriente da Rússia, que permitiu garantir o aumento das exportações de petróleo bruto para os países da região da Ásia-Pacífico.